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terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Igreja é Falível?

A IGREJA POR SER FORMADA POR HOMEM, É FALÍVEL?



Por Alessandro Lima


“…E as portas do Inferno não prevalecerão sobre Ela” (Mt 16,18)



Não é difícil encontrar pessoas que dizem que a Igreja, por ser formada por homens, é falível, pois o homem pode errar e é falho. E com este tipo de argumento, abandonam a fé em Deus ou procuram seguir uma “doutrina pronta”, isto é, uma doutrina em que qualquer pessoa pode ser o seu próprio guia e alcançar a Verdade.




É o que fazem por exemplo os protestantes ao colocarem a infalibilidade do Cristianismo somente na Bíblia, desprezando a autoridade do Papa. Isto também acontece com o Hinduísmo, Xintoísmo, Budismo, Espiritismo, Islamismo, Judaísmo e etc; pois todas estas religiões depositam a infalibilidade de sua doutrina em um ou mais livros, sem possuírem um chefe visível.



O problema é que estas pessoas negam a Assistência Divina à sua Igreja. Todas as religiões acima citadas possuem suas divisões doutrinárias, dispersando totalmente a doutrina original. Um exemplo muito próximo da nossa realidade brasileira é o protestantismo, que possui hoje mais de 15.000 igrejas, todas com doutrinas diferentes e até mesmo contraditórias entre si, e todas com a mesma Bíblia na mão. Isto mostra que este tipo de magistério é falível pois está ao bel prazer do homem, que entende a doutrina como lhe convém.




Deus, em sua perfeição infinita, jamais poderia ter confiado a Verdade a um magistério falho, pois Ele quer que o homem conheça a Verdade, que é única e imutável, como Ele É.



No Antigo Testamento, o povo de Israel, quando foi liberto da escravidão no Egito para chegar à terra prometida, era guiado de dia por uma coluna de nuvem e de noite por uma coluna de fogo, que não eram Deus (Ex 13,21-22). Nisto consiste o Magistério infalível de Deus; precisamos de uma referência visível, que não é Deus, mas que guia o seu povo em nome de Deus.



Moisés foi escolhido pelo Senhor para ensinar a Verdade ao povo, e a ele confiou a Lei e os Mandamentos, bem como a autoridade de legislar sobre o povo, definir o que é certo e errado, permitir ou proibir. A Lei, apesar de ter sido escrita, não era um manual de instruções da Verdade, que todo mundo podia ler e executar, mas era ensinada através do Magistério exercido por Moisés.


Moisés, apesar de ter sido um homem falho e pecador, quando ensinava e legislava como líder do povo de Deus, isto é ex-Cathedra, jamais cometia o erro. Este Magistério de Moisés ficou conhecido como a “Cátedra de Moisés”, isto é, a Cadeira de Moisés. Com a Morte de Moisés, esta autoridade foi confiada a Josué, que exerceu penamente este Magistério, que depois, o confiou a outro e assim por diante.



Nos tempos de Cristo, este Magistério era exercido pelos fariseus e doutores da lei. Cristo atacou duramente a moral deles e por várias vezes os chamou de hipócritas. Já que eles eram pessoas de má conduta, será que eles eram capazes de ensinar o erro ao povo? Sobre isto o Evangelho nos relata que “Então falou Jesus à multidão e a seus discípulos, dizendo: Na Cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam” (Mt 23,2).


Notem que Cristo se refere ao Magistério Divino como “Cadeira de Moisés”, termo conhecido por todo o povo. Vejam que apesar dos escribas e fariseus possuírem uma conduta lamentável, quando falavam ao povo ex-Cathedra, isto é, da Cadeira de Moisés, como legítimos sucessores dele, eles eram incapazes de ensinar o erro. Esta é uma forte evidência da Assistência Divina.


Cristo então, preparando a Nova Aliança que já havia sido pregada pelos profetas e que teria início após sua Ressurreição Gloriosa, anuncia a São Pedro que ele iria “sentar na Cadeira de Moisés”, dizendo: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19).



Para entendermos melhor a autoridade que Cristo conferiu a São Pedro:


1. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja” - “Edificar” significa “construir, sustentar, crescer, manter”. Sem um chefe a Igreja jamais poderia manter a unidade de doutrina. No protestantismo, por exemplo, por não haver um chefe, há uma diversidade estrondosa de doutrina, ridicularizando o Cristianismo; cada um cria um Cristo à sua imagem e semelhança, sem que possamos ser realmente imagem e semelhança do Cristo.



2. “e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” - Não adianta existir um chefe se a Assistência Divina não estivesse presente na Igreja. Cristo aqui garante que a Igreja jamais pregará o erro, isto é, que independentemente de quem seja o seu chefe, este jamais conseguirá trabalhar contra a Igreja. E podemos constatar o cumprimento da promessa de Cristo ao observarmos que homens ruins, que já assumiram o comando da Igreja, jamais conseguiram pregar o erro aos cristãos.



3. “Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” - Isto significa que o chefe da Igreja tem o poder de legislar sobre Ela, isto é, permitir e proibir, conceder ou retirar. Pois a Igreja é o Povo de Deus da nova aliança, e assim como antes Moisés legislava sobre o povo de Deus da antiga aliança, o Papa legisla sobre o povo de Deus da nova aliança.



Aqui demonstramos que Deus desde o princípio cuidou para que as pessoas conhecessem a Verdade. Dizer que a Igreja, por ser humana, é falível, é dizer que Deus não auxilia a sua Igreja, é dizer que Ele não cumpre suas promessas, é dizer que Cristo é mentiroso. O Magistério ex-Cathedra, é o recurso que Deus utiliza para que todo o homem conheça a Verdade imutável e plena. E neste recurso está fundamentado o dogma da Infalibilidade Papal.




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Todos os artigos disponíveis neste sítio são de livre cópia e difusão deste que sempre sejam citados a fonte e o(s) autor(es).


Para citar este artigo:

LIMA, Alessandro. Apostolado Veritatis Splendor: A IGREJ POR SER FORMADA POR HOMEM, É FALÍVEL?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/3096/a-igrej-por-ser-formada-por-homem-e-falivel

Mentiras que solapam a fé dos fracos

Mentiras que solapam a fé dos fracos


O Ocidente vai se descristianizando a olhos vistos. Mais ainda: há hoje um desejo doentio de desmoralizar a memória de Jesus Cristo. É o modo de desenraizar a cultura ocidental de tudo que recorde Jesus Cristo... Atacar a Igreja já não basta: agora ataca-se o cristianismo e o próprio Jesus.


É o que se viu no famigerado Código da Vinci, num descartável Evangelho de Judas e por aí vai... Agora inventaram ter descoberto os restos mortais de Jesus: dele, de sua esposa Maria Madalena e de pelo menos um filho seu: Judas! Em breve irá ao ar pelo canal Discovery - que gosta de atacar o cristianismo e a Igreja – um documentário “A Tumba perdida de Cristo”.


É do mesmo autor do filme Titanic, James Cameron. Eis os fatos por trás do tal documentário: Em 1980 foi encontrada uma tumba em Talpiot, ao norte de Jerusalém. Nela foram encontrados dez ossários em seis dos quais estavam inscritos nomes muito comuns na Terra Santa de dois mil anos atrás: Yeshua Bar Yosef (Jesus filho de José), Marya e Martha, Mati (Mateus), Yofe e Yehuda Bar Yeshua (Judas filho de Jesus). Bastou isso para afirmar-se, de modo totalmente fantasioso e irresponsável que se tratavam dos restos mortais de Jesus e sua família.


Seria um tiro certeiro, mortal, sem apelação no coração do cristianismo: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé!” (1Cor 15,14).


Ora, arqueólogos sérios e respeitados de todo o mundo e, de modo particular, de Israel, mostraram-se indignados com essa história toda. O Dr. Amós Kloner, cientista judeu e primeiro arqueólogo a ter examinado a tumba afirmou categoricamente: “Estão somente querendo ganhar dinheiro!” O professor Kloner repetiu em diversas declarações à imprensa que não acredita na hipótese defendida pelo documentário televisivo. “Não é provável que Jesus e seus familiares tivessem uma tumba de família. Jesus era de uma família de Galiléia, sem ligações com Jerusalém, enquanto a tumba de Talpiot pertencia a uma família da classe média do século primeiro depois de Cristo”, disse ele recentemente ao jornal Jerusalém Post. Além do mais os nomes escritos nas urnas eram muito comuns há dois mil anos atrás.


Para o arqueólogo israelense “não há prova alguma” de que a tumba de Talpiot possa ser ligada a Jesus, e a tese desenvolvida é “um absurdo”. Também Stephen Pfann, estudioso da Bíblia na Universidade da Terra Santa, em Jerusalém, e entrevistado no documentário, prefere não dá muito valor à descoberta. Diz ele: “Não creio que os cristãos acreditarão nisso”, acrescentando que ele mesmo não estava seguro nem sequer que o nome de Jesus tenha sido lido corretamente no ossuário: “Mais provavelmente se trata do nome Hanun”.



É de se perguntar: Se Jesus realmente tivesse sido sepultado em Jerusalém com sua família num mausoléu familiar, como é que os cristãos conseguiram espalhar entre os judeus e pelo mundo inteiro a "mentira" da sua ressurreição? Por que, então, os judeus não contradisseram os cristãos, passando no nariz deles os restos mortais do defunto que eles diziam estar ressuscitado? Basta 1g de inteligência para rir das tolices que o Discovery divulga para ganhar dinheiro! Basta que recordemos um pouco:


Há alguns anos atrás uma outra urna fúnebre, de propriedade de um controvertido israelense, foi apresentada como aquela de “Yaakov Bar Yosef Ahi Yeshu” (Tiago filho de José, irmão de Jesus). Pronto! Ao que tudo indicava, a Virgem Maria tivera outros filhos e, quem sabe, Jesus seria filho carnal de José! Diante do clamor internacional, a urna foi estudada por especialistas israelenses, os quais concluíram, em 2003, que o ossário parecia ser realmente do século I aC, mas a escrita suscitava fortes dúvidas, seja pelo tipo de caligrafia seja pelo conteúdo seja pela poeira que a cobria.


Um relatório apresentado então ao Kenesset, o Parlamento Israelense, estabeleceu que a inscrição era falsa; simplesmente não se sabia nada sobre quem fora colocado naquela urna... Eis, portanto, toda a questão da tumba de Jesus, que a Globo apresentou com muita solenidade! Somente bobagem, somente pseudo-ciência, somente mentiras... Mas, que pensar de tudo isto? Certamente, no próximo mês ninguém falará mais dessa bobagem, como já não se fala mais do Código Da Vinci.


Mas, o problema não é este; é outro. Todas estas notícias, repetidas, inventadas, requentadas, divulgadas com estardalhaço, vão minando pouco a pouco na grande opinião pública a credibilidade do cristianismo. Ora, num mundo que bombardeia a Igreja e os cristãos por causa de tantas questões éticas como aborto, divórcio, casamento gay, eutanásia, manipulação genética, utilização de embriões para aquisição de células-tronco, etc, todos este sensacionalismo e toda esta difamação em torno de Jesus somente fazem enfraquecer ainda mais a já pálida consciência cristã da cultura ocidental.


Não falo tanto dos cristãos que vivem sua fé; falo daqueles “cristãos culturais”, aqueles que são cristãos simplesmente porque nasceram numa cultura cristã. É aqui que reside o maior problema dessas reportagens falsas: o restinho de marca cristã que ainda permanece no Ocidente vai sendo totalmente destruído... Ficará o nada, o vazio moral, um nihilismo triste e destruidor. É que o homem não pode arrancar Cristo do seu coração, do coração de sua cultura sem sofrer graves conseqüências...


Só nele está a vida, só nele a luz e o caminho da humanidade!


Côn. Henrique Soares da Costa

Fonte: Padre Henrique.com