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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Natividade de Nossa Senhora

NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA

Precisamente nove meses depois de comemorar a Imaculada Conceição da Virgem, a Igreja celebra a festividade do seu nascimento. Assim se exprimiu o Padre Antônio Vieira sobre essa celebração:

“Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede para que nasceu. Nasceu para que dEla nascesse Deus.(...)

Perguntai aos infermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
perguntais aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança.

Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz;
os discordes, para Senhora da Paz;
os desencaminhados para Senhora da Guia;
os cativos para Senhora do Livramento;
os cercados, para Senhora da Vitória.

Dirão os pleitantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
os navegantes, para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso;
os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte;
os pecadores todos, para Senhora da Graça;
e todos os seus devotos, para Senhora da Glória.

E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus”.

Fonte: Site Santo do Dia

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Apelo aos Brasileiros - Eleições

Vamos fazer a nossa parte de cidadania?
Divulgue aos seus contatos!


APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS
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http://www.diocesedeassis.org/index.php?option=com_content&view=article&id=169:apelo-a-todos-os-brasileiros

NÓS, PARTICIPANTES DO 2º ENCONTRO DAS COMISSÕES DIOCESANAS EM DEFESA DA VIDA (CDDVS), ORGANIZADO PELA COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB e realizado em S. André no dia 03 de julho de 2010,

- considerando que, em abril de 2005, no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) O ATUAL GOVERNO COMPROMETEU-SE A LEGALIZAR O ABORTO,

- considerando que, em agosto de 2005, o atual governo entregou ao Comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento no qual reconhece o aborto como DIREITO HUMANO DA MULHER,

- considerando que, em setembro de 2005, através da Secretaria Especial de Polítíca das Mulheres, o atual governo apresentou ao Congresso um substitutivo do PL 1135/91, como resultado do trabalho da Comissão Tripartite, no qual é proposta a DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO ATÉ O NONO MÊS DE GRAVIDEZ E POR QUALQUER MOTIVO, pois com a eliminação de todos os artigos do Código Penal, que o criminalizam, o aborto, em todos os casos, deixaria de ser crime,

- considerando que, em setembro de 2006, no plano de governo do 2º mandato do atual Presidente, ele reafirma, embora com linguagem velada, o compromisso de legalizar o aborto,

- considerando que, em setembro de 2007, no seu IIIº CONGRESO, O PT ASSUMIU A DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO E O ATENDIMENTO DE TODOS OS CASOS NO SERVIÇO PÚBLICO COMO PROGRAMA DE PARTIDO, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir este programa,

- considerando que, em setembro de 2009, o PT puniu os doisdeputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto,

- considerando como, com todas estas decisões a favor do aborto, o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do IMPERIALISMO DEMOGRÁFICO que está sendo imposto
em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como MODERNA ESTRATÉGIA DO CAPITALISMO INTERNACIONAL,

- considerando que, em fevereiro de 2010, o IVº CONGRESSO NACIONAL DO PT MANIFESTOU APOIO INCONDICIONAL AO 3º PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS (PNDH3), decreto nª 7.037/09 de 21 de dezembro de 2009, assinado pelo atual Presidente e pela ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antisocial e contrária ao verdadeiro progresso do nosso País,

- considerando que este mesmo Congresso aclamou a própria MINISTRA DA CASA CIVIL COMO CANDIDATA OFICIAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA,

- considerando enfim que, em junho de 2010, para impedir a investigação das origens do financiamento por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil, O PT E AS LIDERANÇAS PARTIDÁRIAS DA BASE ALIADA BOICOTARAM A CRIAÇÃO DA CPI DO ABORTO que investigaria o assunto,

RECOMENDAMOS ENCARECIDAMENTE A TODOS OS CIDADÃOS E CIDADÃS BRASILEIROS E BRASILEIRAS, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, QUE, NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, DEEM SEU VOTO SOMENTE A CANDIDATOS OU CANDIDATAS E PARTIDOS CONTRÁRIOS À DESCRIMINALIZACÃO DO ABORTO.

> Convidamos, outrossim, a todos para lerem o documento “Votar Bem” aprovado pela 73ª Assembléia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, reunidos em Aparecida no dia 29 de junho de 2010 e verificarem as provas do que acima foi exposto no texto “A Contextualização da Defesa da Vida no Brasil” [http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf], elaborado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de Guarulhos e Taubaté, ligadas à Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, ambos disponíveis no site desse mesmo Regional.

COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB

> http://www.pesquisasedocumentos.com.br/apelobrasileirosbrasileiras.pdf

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Obrigado por não me abortar!

BUENOS AIRES, 20 Abr. 10 (ACI) .- Mauricio tem 23 anos e após ter criado no Facebook um grupo chamado "Procuro a minha mamãe" finalmente a encontrou e pôde reunir-se com ela que o havia abandonado ao nascer. Suas primeiras palavras à mulher que agora tem 50 anos foram: "Obrigado por ter tido a valentia de bancar-me (me suportar) sete meses e não ter me abortado".
No sábado pela tarde Mauricio conversou por telefone com sua mãe. Ela, muito emocionada, disse-lhe: "meu filho; sou eu, sua mamãe. Não me odeie. Perdoe-me. Recordei-te sempre, nunca me esqueci de você".
O emotivo encontro em Córdoba, cheio de abraços e silêncios, deu-se ao dia seguinte. Em declarações ao jornal argentino "Clarín" o jovem comentou: "senti-me pleno, nunca tinha experimentado a serenidade da alma. Por fim pude fechar minha história"."O único que atinei a dizer foi que estava tudo bem e que eu a perdoava", disse Mauricio.
No encontro, explica o jovem de 23 anos, a mãe lhe contou que não tinha outros filhos, que seu pai foi "um acidente" em sua vida e que tinha reconstruído sua vida com outra pessoa. Sem ressentimento, ele lhe ofereceu uma mensagem de gratidão: "Obrigado por ter tido a valentia de bancar-me sete meses e não ter me abortado".
Ao relatar a história que finalmente levou a este esperado encontro, em meio de seus "novos parentes", Mauricio assinala que "eles me contaram que minha mãe estava vivendo em Córdoba capital. Disse-lhes que não queria problemas, só precisava agradecer-lhe porque ela me deixou nascer".
Agora, comenta o jovem, o grupo de Facebook vai se chamar "Já a encontrei".

terça-feira, 17 de agosto de 2010

POR QUE A TOCA DE ASSIS ATRAI TANTOS JOVENS?

POR QUE A TOCA DE ASSIS ATRAI TANTOS JOVENS?
“Amigo, aceita um lanche?”. Essa é a frase que inicia tudo. Para muitos o lanhe oferecido pelos toqueiros, nome que se dá aos consagrados e leigos da Toca de Assis, é a primeira e única refeição do dia. Com um brilho no olhar, os moradores de rua mordem o pão com salsicha e bebem o copo de suco com voracidade. Mas, o lanche é apenas uma ponte para a aproximação. O interesse desses jovens, que trocam a balada de sexta-feira à noite por um trabalho de assistência aos mais necessitados, é dar atenção àqueles que, no dia-a-dia são tratados como resíduos da sociedade.
Na maioria das vezes esses flagelados pela vida querem apenas ser escutados e nada mais. Em Belo Horizonte, as religiosas, Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento, se encontram com outros irmãos consagrados e leigos. O ponto de partida é a rua dos Carijós, esquina com Curitiba, coração nervoso do hiper centro da capital mineira. Depois de fazer uma oração eles se dividem em equipes e cada uma vai para uma região. Assim que começam a jornada, os jovens distribuem lanches que são frutos de doações de pessoas que admiram o trabalho da Toca de Assis.
Em meio a papelões, plásticos e cobertores velhos eles encontram pessoas que, por ironia do destino, estão abandonadas, vivendo em condições sub-humanas e sem dignidade, dormindo ao relento.
Os toqueiros chamam cada morador de rua pelo nome. Aqueles que para a sociedade são vistos como “vagabundos”, para eles são seres humanos, resultado de uma sociedade desigual. “Nós temos essa proximidade com os irmãos de rua, que trazem um pouco da realidade de São Francisco de Assis em relação aos leprosos, que ficavam abandonados na época dele. No nosso tempo, quem são os leprosos? São os nossos irmãos abandonados, excluídos. Temos um carisma, recebemos o dom de Deus para irmos até eles, cuidar deles na rua”, disse irmã Dara Maria Sacrifício do Cordeiro, ministra regional, responsável pelas casas fraternas da região.Depois de oferecer o lanche, o contato começa.
E para aqueles, que são considerados “indigentes”, ouvidos estão prontos para escutar, mãos estão prontas para acolher e o carinho é algo que, em momento algum, os toqueiros deixam faltar. Tanta dedicação assim comove aos moradores de rua que, felizes por tanta dedicação, se abrem como se fossem amigos de longa data e contam tudo, falam sobre a vida, o que fazem, como foram parar nas ruas. E esses jovens, bem atenciosos, aconselham, procuram encaminhar para locais onde possam ser atendidos e quando a vulnerabilidade é muito grande, os toqueiros os levam para casa até que possam ser reinseridos na sociedade ou ali sejam cuidados até a morte, no caso dos mais idosos e debilitados.
As irmãs toqueiras que acompanhamos são meninas bem jovens, entre 21 e 28 anos. A casa em que vivem fica no bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte, uma moradia simples, quase sem mobílias, nem mesmo camas para elas dormirem. As camas existentes ficam para as mulheres que são assistidas, ex-moradoras de rua. As religiosas dormem no chão, em colchões espalhados pelo capelão, que consome a maior parte da casa. Tanta abdicação faz parte do carisma desse movimento, que se baseia na pobreza de São Francisco.“Nós nos inspiramos em São Francisco, que abdicou de tudo para viver para os pobres. Mas precisamos tomar cuidado, pois muitos jovens mergulham em um radicalismo que não propomos. Temos que entender o que é o carisma, um dom dado por Deus e que move o homem para Ele.
O objetivo da Toca é viver esse carisma”, explica padre Rogério de Andrade Penha, o irmão Rafael, nome que recebeu de consagrado, e que faz menção ao arcanjo da cura. Irmão Rafael, no momento, responde interinamente pela Toca, enquanto irmão Gabriel, que está à frente da instituição, encontra-se em férias missionárias. Irmão Gabriel assumiu a função de ministro geral desde que o fundador encontra-se em retiro sabático, em Israel.
A Toca de Assis é um movimento religioso que surgiu em 13 de maio de 1994, iniciado pelo padre Roberto Lettieri, quando ainda era seminarista. Juntamente com três jovens, que também desejavam viver o carisma franciscano. Juntos eles fundaram a Fraternidade de Aliança Toca de Assis. Irmão Rafael, que era um desses jovens, na época cursava filosofia e se preparava para o sacerdócio, mas o amor aos irmãos mais pobres falou mais alto. Situação que o fez abandonar a faculdade de filosofia, depois de ter cursado um ano.
“A Toca é uma entidade laical, não forma padres. Quando começamos esse trabalho eu queria entrar para o seminário, mas a vontade de estar com os pobres era tão grande que atendi a esse chamado. Em 1997 tranquei o curso de filosofia para me dedicar a Toca, mas, em 2002, voltei pois percebi que o carisma não podia aniquilar minha vocação, que é o ministério sacerdotal”, conta irmão Rafael que, em março de 2009, se tornou diácono e, no mês de outubro do mesmo ano foi ordenado sacerdote pela Diocese de Campinas (SP).
Dois anos após a fundação, a Toca já contava com a ajuda de 80 jovens, que prestavam atendimento aos moradores de rua em todo o Brasil. Desde então, o movimento tem atraído cada vez mais a juventude, que sempre se apresenta com firmeza, dedicação e um belo sorriso estampado no rosto. Irmão Rafael explica que os três pilares que sustentam a Toca são: a exaltação à Igreja católica na adoração ao Santíssimo Sacramento, o cuidado com os sofredores de rua e o anúncio do Evangelho através da vida missionária. “O objetivo da Toca é incentivar essa adoração, essa fé em Cristo presente no Santíssimo Sacramento, algo que foi se perdendo com o tempo até se tornar uma simples devoção. Procuramos restaurar esse sentido e também resgatar a imagem do Cristo escondida em nossos irmãos mais pobres”.
Mas, será que tanta abdicação não pode fazer com que esses jovens se arrependam de terem deixado de viver etapas que são importantes na vida do ser humano? Irmã Galdete entrou para a Toca aos 17 anos. Natural de São Paulo, assim que concluiu o ensino médio se sentiu atraída por esse trabalho junto aos pobres. “Hoje me sinto realizada como pessoa, como mulher, como consagrada. Identifico-me muito com o trabalho que desenvolvo”, diz.
Já irmã Dara conheceu a Toca aos 19 anos. Concluiu o ensino médio, fez cursinho e prestou vestibular. Mas, em seu íntimo, sentia um chamado a viver junto aos pobres, foi quando decidiu abraçar a vida de uma Filha da Pobreza. “O carisma de adoração, o amor e cuidado com os pobres me atraíram muito. Ao entrar no Instituto essa vivência tocou meu coração e é algo que me completa. Temos algumas dificuldades de vida, que são reais em qualquer situação em que estejamos, mas isso é próprio de uma vocação, daquilo que Deus realmente promete aqueles que deixam tudo” afirma.
Irmão Rafael conta que antes dos jovens entrarem para a congregação existe uma série de procedimentos para que possam constatar se realmente essa é a vocação deles. Segundo ele, existe um grande volume de jovens querendo abraçar a causa, algo que julga não ser positivo. “Às vezes o crescimento não é bom, dá mais trabalho selecionar para purificar. Tem jovens que vêm passam um dia, outros cinco anos, outros vem e vão. Já fizemos retiros vocacionais com 90 jovens, em que ficaram apenas 15”. Para assistir mais de perto cada vocacionado e ver se ele realmente tem dentro de si o carisma da Toca existe um procedimento avaliativo que não era seguido antes. “Há alguns anos cada responsável local acompanhava o vocacionado. Agora eles passam por um aprofundamento no catecismo da Igreja, algumas fazem literaturas na área de conhecimento humano, para se conhecerem e saber qual é a sua vocação. A intenção da Toca é sempre apresentar uma vida em Deus. Às vezes a pessoa não tem vocação para ser um consagrado, mas tem para viver outro ideal, sem deixar o carisma”, diz irmão Rafael.
Segundo ele, a maioria das pessoas que querem entrar para a Toca é de classe média. Nos dias atuais não dá para levar uma vida cristã tão radicalmente, assim como São Francisco levava no século XII. Algumas adaptações tiveram que ser feitas para o tempo de hoje, mas, de acordo com irmão Rafael, sem perder a essência do carisma. “Percebemos que os jovens criam um paradigma que não é a realidade cristã. Muitos chegam aqui procurando viver uma radicalidade que nós não oferecemos. Se pegarmos um morador de rua e levá-lo para um hospital no estado em que o encontramos, com mal cheiro, mal vestido, ninguém vai querer cuidar bem dele. Primeiramente vamos cuidar dele em casa e depois levá-lo para ser tratado. Alguns jovens querem que olhemos para aquele homem daquele jeito, que os médicos o acolham na situação em que ele se encontra. Procuramos trabalhar essa rebeldia. A visão de humanização é como tecer em fios de ouro, tem que ir devagar para que saia uma estampa bonita. A adaptação com a modernidade é algo que tem frustrado alguns jovens. Mas, procuramos mostrar que homem que não cuida de si não tem como cuidar do outro”.[...]
Desde o ano passado o fundador da Toca de Assis, padre Roberto Lettieri, se encontra em retiro sabático, em Israel. De acordo com informações passadas pela Toca de Assis, o próprio fundador escolheu tirar esse período por tempo indeterminado, para repousar e refletir um pouco sobre o trabalho desenvolvido. Com essa decisão, a Arquidiocese de Campinas, sob responsabilidade de dom Bruno Gamberini, assumiu o trabalho da Toca de Assis. Atualmente irmão Gabriel foi escolhido para estar a frente da Fraternidade, com o auxílio dos bispos eméritos dom Albano Cavallin, arcebispo emérito de Londrina (PR) e dom Rafael Cifuentes, bispo emérito de Nova Friburgo (RJ). “Nós bispos acreditamos muito no carisma da Toca de Assis, a grande devoção a Cristo na Eucaristia, um amor realista ao pobre mais pobre e uma intercessão perene para os sacerdotes e as pessoas consagradas. Conhecemos e vivemos agora com eles e estamos dando uma dimensão nova para a Toca”, disse dom Albano.
Segundo o arcebispo, a grande meta da Arquidiocese de Campinas é tornar a Toca sempre mais uma entidade eclesial. “Encontramos uma docilidade grande da parte dos jovens que, no sofrimento, acreditaram que a mãe Igreja está perto deles e Deus está conduzindo-os a uma maturidade”, diz. Segundo dom Albano, está previsto para os meados de outubro deste ano a assembléia anual da Fraternidade. O bispo conta que reuniões periódicas já estão acontecendo para reavaliar alguns pontos, como a formação dos consagrados, que hoje é feita de maneira independente, o hábito, e a rotina dos consagrados. “Estamos nos reunindo e trabalhando junto com os guardiões das casas e dirigentes da Fraternidade e refletindo sobre a importância de uma atualização em quesitos do carisma.”, afirma.
Fonte: Jornal de Opinião – Ed. 1078Arquidiocese de Belo Horizonte/MG

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

AS DUAS DIMENSÕES DA FAMÍLIA

AS DUAS DIMENSÕES DA FAMÍLIA


São Paulo diz que os maridos devem amar as suas esposas. Você está disposto a amar a sua esposa a ponto de se entregar por ela?

É dogma de fé que a Igreja é santa, nunca podemos dizer que a instituição criada por Cristo tem pecado, pois os pecados são dos filhos dela [Igreja], os pecados são nossos. E por que a Igreja é santa? Porque Cristo entregou-se por ela na cruz, para que ela fosse sem mácula.

Pela mentira o demônio quer destruir os casamentos, quando se mente para o marido ou para a esposa, você está dando ocasião para o maligno.

A porta por onde o demônio entra tem nome, se chama pecado, por isso o casal não pode pecar.

Quando o casal está unido no amor de Deus, ninguém o separa. O amor é que une o casal, São Paulo diz que o amor é paciente, é bondoso, não busca os próprios interesses, não acaba nunca, só o amor faz com que perdoemos uns aos outros até mesmo quando um errou com o outro.

É preciso que nos alimentemos do amor de Deus. E isso vai acontecer onde? Na Igreja, na Eucaristia, na oração, pois o casal que reza junto não se separa diante das dificuldades, pois tem forças para superar todos os problemas.

A família tem duas dimensões: a primeira dimensão é o "casal" e a segunda, são os "filhos". A família é sagrada, ela não foi instituída por homem, por um papa, mas por Deus. Deus Pai quis dar uma ajuda adequada ao homem, por isso, deu-lhe a mulher como vemos no livro do Gênesis. A mulher foi a última criação do Senhor, foi o ápice da criação.

O Todo-poderoso quis que, na raiz da família, houvesse uma aliança e por essa razão os casais hoje trazem uma aliança em suas mãos. O Papa João Paulo II pedia: "casais cristãos sejam para o mundo um sinal do amor de Deus", de forma que – quando os demais os [casais] virem superando os problemas existentes no mundo – possam ver o amor de Deus.

O Criador deseja que, através do sacramento do matrimônio, homem e mulher sejam uma só carne, que sejam um só coração, uma só alma, um só espírito. Infelizmente, existem pessoas que estão casadas há anos, porém, ainda não parecem estar casadas.

Falo também aos jovens: se você brincar com seu namoro, você já está destruindo seu casamento, pois ele [namoro] é o alicerce para um casamento, é a preparação, a parte mais demorada, mais difícil. O Papa lá em Sidney, na Austrália, pede ao jovens que aceitem o desafio de viver na castidade, pois um casal só pode se unir e ter uma relação sexual após o casamento, que é o tempo propício para isso.

Jovens cristãos, está na hora de dar uma lição ao mundo. Na África, onde a AIDS mais acontece, em Uganda eles conseguiram baixar [a AIDS] de 26% para 5% a contaminação da população do país, pois o presidente católico fez uma campanha para que vivessem o sexo somente no casamento, tantos os jovens como os casais já casados.

Hoje estão colocando máquinas de camisinha nas escolas para que os jovens as usem; porém, eu digo: ensine seu filho a não fazer isso, pois eles devem aprender que seus corpos são um templo santo e não podem viver como o mundo ensina.

O remédio não é empurrar os jovens para o sexo fácil, mas sim, viver a castidade!

Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 27 de julho de 2010

"PADRES QUE ABUSARAM DE MIM"

Recebi esse texto por e-mail, e acho que vale a pena que todos os católicos, em especial aqueles que jogam tanta pedra nos padres, o leiam.
Divulgue entre seus amigos.
Um grande abraço!
João Batista.
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"PADRES QUE ABUSARAM DE MIM"

Os sacerdotes que abusaram de mim! Cuidemos gravemente de tratar com eles...

Quando eu era muito jovem, sem consciência, sem liberdade, sem ser capaz de me defender, um deles – pelo Batismo – fez-me um filho de Deus, herdeiro da vida eterna templo do Espírito Santo e um membro da Igreja, eu nunca poderei perdoar-lhe isso, tamanho o bem que ele me fez!

Outro insistiu em meus anos de adolescente, e usou contra mim de toda violência para incutir a minha alma o respeito pelo nome de Deus, a absoluta necessidade da oração diária, a obediência e reverência aos meus pais, o amor pelo meu país e me ensinou a utopia que é não mentir, roubar, não falar mal dos outros, perdoar e todas estas coisas que hoje nos fazem tão loucos e ridículos...
Outro me falou referindo-se ao Espírito Santo, que Ele deveria vir para completar a obra iniciada no Batismo, que eu iria precisar de Seus dons e dos seus frutos! Que eu teria de contar com seu auxílio, porque eu precisaria defender minha fé, como um soldado. Que audácia de falar em termos tão belicosos! Disse-me que era hora de preservar a minha alma das coisas do mundo, que eu deveria ser nobre, leal e honesto...

Outro abuso que um fez foi me dando livros para ler! Já não eram suficientes para ele os seus conselhos, dizendo que deveria fixar os olhos na eternidade e viver como peregrino aqui na terra! E quem agora vai tirar da minha cabeça os quatro Evangelhos? "As Glórias de Maria?" " A Imitação de Cristo? "Confissões?; etc! Quem será capaz agora de me livrar de todos estes tesouros que me marcaram para sempre?.

Outro abuso deles, na minha ignorância foi me mostrando coisas santas que eu não conhecia! Outro destes padres não falava, mas sua vida virtuosa me tornava cada vez mais inclinado a imitá-lo. Havia alguns que se aproveitaram de mim em momentos inesperados e corrigiram-me, me incentivaram e rezaram por mim.

Outros, quando eu estava em um círculo vicioso do qual não conseguia sair, insistiam com a minha natureza caída e levando-me para receber Jesus Cristo em seu Corpo e Sangue, para assim poder resistir aos ataques do inimigo, para fortalecer-me na minha fraqueza e santificar-me em todos os dias mais e mais.

Embora para qualquer pessoa que leia esta queixa, pareça que já basta e que já nada mais pode ser feito por mim, eu diria ainda que os abusos continuaram a acontecer na medida em que eu me tornava mais idoso. Cada vez que eu conhecia um padre, ele se aproveitava de mim com métodos renovados, me apresentando relíquias, imagens, água benta, terços, bênçãos e orações de todos os tipos. Com isso tudo eles me armaram com tão grandes benefícios, que isso fez atingir o limite da minha resistência.

Eu quero deixar bem claro a todos, essa injustiça cheia de perversidade, pois preciso reagir nos termos desta denúncia. Porque eu sei que alguns deles estarão esperando por mim adiante, para continuarem com esta maldade, sentados quem sabe em um confessionário, ou aparecendo ao lado da minha cama quando estiver morrendo. E vão querer continuar abusando de mim com suas orações, para que a minha alma e conheça enfim os fundamentos de misericórdia.

Associo a minha voz a de todos aqueles que tenham sido vítimas de tais abusos e se sentiram ultrajados por essas pessoas. Pois sei que a outros eles uniram no matrimônio, de outros eles descobriram a vocação, a outros eles ajudaram até materialmente, ou ainda abrindo seus corações para os tremendo segredos da miséria humana.

Vamos tomar cuidado, e lidar seriamente com todos estes padres! Nunca lhes demos os nossos dados e nunca olhemos em seus olhos! Não os consultemos absolutamente em nada, e jamais sigamos a nenhum dos seus passos! Porque pode acontecer então que corramos o risco de um dia cair em suas armadilhas e um deles vier a salvar nossa alma para sempre.

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" Eu sei que da verdade eu não sou dono...

Eu que não sei tudo sobre Deus...

As vezes quem duvida e faz perguntas...,

É muito mais honesto do que Eu..."

Autor: R.P. Gustavo Caro Fonte: arciprestazgodelinares.blogspot

Sacerdotes de Vida Dupla

Segue mais uma "estratégia" para desacreditar os Sacerdotes e a Santa Igreja!
Diocese de Roma protesta contra sacerdotes de “vida dupla”

Diante das afirmações de um jornal sobre supostos atos homossexuais

ROMA, segunda-feira, 26 de julho de 2010 (ZENIT.org) – A diocese de Roma pediu aos sacerdotes de “vida dupla” – em relação à homossexualidade – que abandonem o exercício de seu ministério.

O forte comunicado do vicariato da diocese, cujo bispo vigário é Agostino Vallini, foi publicado para esclarecer o longo artigo publicado pelo semanário italiano Panorama, a 23 de julho, intitulado “As noites loucas dos padres homossexuais”.

O jornalista garante que por 20 dias, com uma câmera escondida, ajudado por um “cúmplice homossexual”, infiltrou-se no ambiente noturno de três sacerdotes, dos quais preserva o nome.
O comunicado da diocese de Roma condenou duramente estes atos, caso sejam verdadeiros. Ao mesmo tempo, afirma que “a finalidade do artigo é evidente: criar escândalo, difamar todos os sacerdotes, em virtude da declaração de um dos entrevistados, segundo o qual “98% dos sacerdotes que ele conhece são homossexuais”. O artigo visa a desacreditar a Igreja e, por outro lado, fazer pressão contra essa parte da Igreja definida de “intransigente, que não quer dar reconhecimento à realidade dos sacerdotes homossexuais”.

Segundo a diocese de Roma, “os fatos narrados suscitam dor e desconformidade na comunidade eclesial de Roma, que conhece de perto seus sacerdotes que não levam uma “vida dupla”, mas "uma só vida”, feliz e boa, coerente com sua vocação, entregue a Deus e ao serviço das pessoas, comprometida na vivência e no testemunho do Evangelho, e que é modelo de vida moral para todos”.

"Aquele que conhece a Igreja de Roma não se reconhece no comportamento dos sacerdotes que levam uma 'vida dupla'".

“Sabemos que ninguém os obriga a permanecer como sacerdotes, aproveitando só os benefícios. Não queremos o mal para eles, mas não podemos aceitar que devido a seus comportamentos sujem o nome de todos os outros”.

Por último, a diocese de Roma afirma que está comprometida “a agir com rigor, segundo as normas da Igreja, contra todo comportamento indigno da vida sacerdotal”.
Fonte: Zenit.com

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vós desonrasstes a Igreja

Num momento em que a mídia ataca tanto nossa Igreja, dizendo que o Papa e os padres não se importam com o escândalo da pedofilia, segue um texto mostrando que a verdade é bem diferente do que estão nos apresentando. Os erros realmente aconteceram, mas o papa e os santos sacerdotes, além dos bispos, sofrem muito com o que tem acontecido.
Continuemos rezando por eles. Acredito que se cada leigo rezasse que fosse uma Ave-Maria por seu sacerdote, não estaríamos vivendo essa crise de modo tão violento. Como Católicos praticantes, façamos nossa parte por aqueles que doam sua vida à Jesus, mas que, como humanos tem falhas, muitas vezes, como nesse caso, inaceitáveis.
Um bom fim de semana!
João Batista
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VÓS DESONRASTES A IGREJA

O primeiro abalo ocorreu há uns 10 anos atrás, quando começaram a aparecer notícias sobre casos de pedofilia, inclusive entre o clero dos USA. Aos poucos foram explodindo outros escândalos em vários países, mormente anglo-saxões. A última avalanche de denúncias provém da Alemanha e da Irlanda. Claro que diante da gravidade dos fatos os papas não poderiam ficar calados. Foi assim que o Papa João Paulo II, rodeado de todos os cardeais dos USA, não usou de meias palavras: a pedofilia é um crime e um pecado.
Agora, no dia 20 de março, em carta dirigida à Igreja da Irlanda, o Papa Bento XVI dizendo-se angustiado, envergonhado, também foi contundente na condenação: nós nos encontramos diante de crimes atrozes. E indignado declara: "vós desonrastes a igreja e perdestes a confiança do vosso povo."Diante de fatos inegáveis com certeza muitos são os que se perguntam: mas afinal, como entender tamanhas aberrações? O que está ocorrendo no mundo e na própria Igreja? Como procederá a Igreja?
Para entender a situação, sem negar em nada nem a gravidade nem amplitude, é preciso, antes de mais nada, colocar os fatos agora vindos à tona num contexto mais amplo. Esse contexto nos assegura que as crianças se transformaram numa espécie de produto tentador para satisfazer as exigências do desregramento sexual, que atinge proporções alarmantes.
Em alguns lugares já se começam a implantar terapias especializadas visando o controle de impulsos aberrantes ligados ao sexo.O sexo qualificado como normal parece estar cedendo lugar a formas sempre mais refinadas para quem já se cansou dele. E aqui entra a pedofilia, como expressão máxima no campo das patologias sexuais, e que se faz presente em todas as camadas da sociedade e em todas as profissões.
O fenômeno tomou proporções de verdadeira epidemia, e através da Internet se transformou numa espécie de indústria comandada por verdadeiras máfias, e vitimando milhões de crianças. O denominado turismo sexual, tão conhecido no nosso litoral brasileiro, é apenas uma das muitas expressões da praga da pedofilia. Diante do fato de isto estar ocorrendo também em certos ambientes de Igreja, naturalmente as perguntas que se colocam é o que fazer visando conter esta onda devastadora. E é claro que ninguém conta com respostas prontas e acabadas, pois nas proporções atuais trata-se de um fenômeno novo, e que remete para as raízes mais profundas da maldade humana.
Nos dois casos, isto é, da Igreja e da sociedade, não há muita dúvida quanto ao aspecto punitivo: aplicar estrita e duramente as leis existentes, tanto nas Constituições, quanto no Direito Eclesial. No que se refere mais especificamente à Igreja, há pouco mais de 1 ano atrás, o cardeal brasileiro, D. Cláudio Hummes, no programa televisivo "em pauta", da Canção Nova, foi claro e incisivo: que os pedófilos peçam desligamento do sacerdócio ou da vida religiosa, assumindo eles mesmos sua responsabilidade, ou serão demitidos e entregues à justiça civil.
Entretanto, dada a gravidade do problema social e eclesial, só a punição, por mais severa que seja, não é suficiente. São necessárias outras medidas, de caráter preventivo. Urge juntar todas as forças para oferecer uma verdadeira educação da sexualidade, através da educação para o amor. Isto significa montar todo um esquema que comece desde a infância e se estenda até as pessoas maduras, ou até de mais idade. Além disso, não podemos esquecer que o desregramento no campo da sexualidade nunca anda sozinho: ele é apenas uma das expressões de um mundo brutal, onde a ética deixou de ser uma preocupação.
A única norma vigente em quase todos os campos é uma espécie de "vale tudo". Uma corrupção reforça a outra. Por isso mesmo são urgentes ações de cunho mais amplo e mais profundo no sentido de um novo processo de humanização que começa pelo respeito profundo a si próprio e aos outros, mormente às crianças indefesas. E nunca é demais lembrar uma palavra do mesmo Jesus que disse "deixar vir a mim as criancinhas porque delas é o Reino dos céus: " Ai do mundo por causa dos escândalos... quem transviar um destes pequeninos... mais valeria que lhe pendurassem uma pedra de moinho ao pescoço e o jogassem no fundo do mar" ( Mt. 18, 6-7).
Prof. Dr. Frei Antônio Moser, OFM
Diretor Presidente da Editora Vozes

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pio XII e o auxílio aos judeus: prova viva!!

A "prova viva" da existência da rede clandestina de Pio XII em auxílio dos judeus
Entrevista com um de seus membros, o padre Giancarlo Centioni


Por Jesús Colina


ROMA, quinta-feira, 14 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Alguns setores da opinião pública têm pedido, em semanas recentes, provas da ajuda oferecida por Pio XII aos judeus durante a perseguição nazista. O sacerdote italiano Giancarlo Centioni, 97 anos, é uma das provas vivas, já que é o último membro vivo da rede clandestina criada pelo Papa Pacelli.

Entre 1940 a 1945, Centioni foi capelão militar em Roma na Milícia Voluntária pela Segurança Nacional, tendo vivido com sacerdotes alemães da Sociedade do Apostolado Católico. “Na condição de capelão fascista, era mais fácil para mim ajudar os judeus ", disse ele, explicando por que foi escolhido para participar da arriscada operação.

“Meus colegas sacerdotes palotinos provenientes de Hamburgo tinham fundado uma sociedade denominada "Verein Rafael '(Society of San Raffaele), criada para prestar auxílio aos judeus", revelou.

Um dos objetivos da rede era dar suporte à fuga de judeus da Alemanha, através da Itália, em direção à Suíça ou Portugal, motivo pelo qual a rede contava com membros nos quatro países.
Na Alemanha, lembra o padre Centioni, a sociedade era dirigida pelo padre Josef Kentenich, conhecido em todo o mundo como o fundador do Movimento Apostólico de Schönstatt.

Posteriormente, este sacerdote acabou sendo preso e mantido num campo de concentração até o final da guerra.

“Em Roma, o líder de todas estas atividades era o padre Anton Weber, o qual tinha contato direto com Pio XII e sua secretaria”, explicou.

Uma das principais atividades da rede consistia em obter passaportes para que as famílias judias pudessem deixar a Alemanha.

“Estes passaportes eram obtidos diretamente da Secretaria de Estado de Sua Santidade, pela intervenção direta do próprio Pio XII”, acrescentou.

“Comigo atuavam ao menos 12 sacerdotes alemães em Roma”, prosseguiu o padre, explicando que a rede recebia também uma ajuda decisiva da polícia, em particular do chefe adjunto de Mussolini, Romeo Ferrara, que lhe informava o local onde estavam escondidas as famílias judias para que pudessem levar os passaportes " – “mesmo à noite”.

Padre Centioni lembra uma dessas ocasiões, em que o policial o enviou durante a noite, advertindo-o para ir vestido com os trajes de Capelão para que “não fosse preso por soldados alemães”, a uma casa na qual estava escondida uma família judia de nome Bettoja.

O sacerdote diz lembrar “nitidamente” do medo e das dificuldades na operação, inclusive por parte das famílias que ajudava. “Bati à porta, mas não quiseram abrir. Disse então que não temessem, pois era um capelão e vinha para ajudar, para trazer os passaportes”; “juro, vocês podem ver através do olho-mágico da porta”, e então foi finalmente recebido pela senhora Bettoja com as crianças.

“Disse a ela: saiam amanhã antes das 7 em seu automóvel, porque às 7 poderão cruzar a fronteira pelo Lácio em direção a Gênova”. Fugiram e se salvaram. “Foi uma das tantas famílias”, disse.

As atividades da rede se iniciaram antes mesmo da invasão alemã na Itália, lembra o padre Centioni, e prolongou-se "até onde eu sei, até depois de 45, porque as relações do padre Weber com o Vaticano e os judeus eram muito vivas”.

"Entre aqueles que posteriormente colaboraram conosco, havia dois judeus que escondemos: um homem de letras, (Melchiorre) Gioia, e um grande músico e compositor de Viena, autor de canções e operetas, Erwin Frimm”.

“Todas pessoas de coragem”, disse. “Nos ajudaram muito com informações precisas” - reconheceu” – “mesmo colocando sua própria vida em risco”.

“Ajudei Ivan Basilius, um espião russo, que eu não sabia que era russo nem espião; era judeu. Foi preso pela SS e nas revistas, encontraram meu nome em suas anotações. Então, convocou-me a Santa Sé, sua excelência Hudal [alto e influente prelado alemão em Roma], dizendo: “venha para cá, pois a SS quer prendê-lo”. Perguntei: “Mas o que fiz?” - “Você ajudou um espião russo”. “Eu? Quem é?” - Então escapei.

Pe. Centioni, como capelão, conheceu pessoalmente o oficial alemão Herbert Kappler, comandante da Gestapo em Roma e autor do massacre das Fossas Ardeatinas, no qual 335 italianos foram assassinados, entre os quais muitos civis e judeus.

“Durante a invasão alemã, logo após a carnificina, perguntei a Kappler, a quem via com freqüência: por que não chamaram os capelães militares para as Fossas Andreatinas? E ele me respondeu: porque teria eliminado também eles”.

Pe. Centioni assegura que as centenas de pessoas que pôde ajudar tinham conhecimento de quem estava por trás de tudo. “Quem os ajudava era o Papa Pio XII, por meio de nós sacerdotes e da Raphael's Verein”, e através dos Verbitas, sociedade alemã em Roma. A entrevista foi concedida à Agência ZENIT e à Agência H2ONews (www.h2onews.org) e publicada nesta quinta-feira.

O caso do padre Centioni foi descoberto e investigado pela fundação Pave the Way (http://www.ptwf.org), criada pelo judeu nova-iorquino Gary Krupp.

Os relatos de Centioni são corroborados pela condecoração a ele concedida pelo governo polonês (“a cruz de ouro com duas espadas”, “pela nossa e pela vossa liberdade”).

O sacerdote citou outras expressões de gratidão por parte de algumas das pessoas que ajudou: os senhores Zoe e Andrea Maroni, os professores Melchiorre Gioia e Aroldo Di Tivoli, e as famílias Tagliacozzo e Ghiron, cujos filhos puderam se salvar, alcançando os EUA, com passaportes e recursos disponibilizados pelo Vaticano.

A entrevista pode ser assistida no site: www.h2onews.org.

Desabafo de um Sacerdote

Boa tarde, queridos amigos.
Peço muitas desculpas por andar meio sumido, mas o trabalho e algumas mudanças tem tomado muito do meu tempo, mas a medida do possível pretendo voltar às postagens como antes. Por hora, peço que não se assustem de ainda passar alguns dias ou semanas sem postagens.

Segue um desabafo muito interessante que recebi por e-mail e senti que precisava partilhar contigo, para que você partilhe com seus amigos. Essa imagem que a mídia vem trazendo dos sacerdotes nunca foi a verdadeira, mas com maestria, esse sofrido sacerdote mostra como devemos olhar para nossos padres.

um grande abraço
João Batista



"uma arvore que cai, faz mais barulho que uma floresta que cresce".

Segue carta do padre salesiano uruguaio Martín Lasarte, que trabalha em Angola, de 06 de abril e endereçada ao jornal norte-americano The New York Times. Nela expressa seus sentimentos diante da onda midiática despertada pelos abusos sexuais de alguns sacerdotes enquanto surpreende o desinteresse que o trabalho de milhares religiosos suscita nos meios de comunicação.
Eis a carta.
Querido irmão e irmã jornalista: sou um simples sacerdote católico. Sinto-me orgulhoso e feliz com a minha vocação. Há vinte anos vivo em Angola como missionário. Sinto grande dor pelo profundo mal que pessoas, que deveriam ser sinais do amor de Deus, sejam um punhal na vida de inocentes. Não há palavras que justifiquem estes atos. Não há dúvida de que a Igreja só pode estar do lado dos mais frágeis, dos mais indefesos. Portanto, todas as medidas que sejam tomadas para a proteção e prevenção da dignidade das crianças será sempre uma prioridade absoluta.Vejo em muitos meios de informação, sobretudo em vosso jornal, a ampliação do tema de forma excitante, investigando detalhadamente a vida de algum sacerdote pedófilo.
Assim aparece um de uma cidade dos Estados Unidos, da década de 70, outro na Austrália dos anos 80 e assim por diante, outros casos mais recentes... Certamente, tudo condenável! Algumas matérias jornalísticas são ponderadas e equilibradas, outras exageradas, cheias de preconceitos e até ódio.
É curiosa a pouca notícia e desinteresse por milhares de sacerdotes que consomem a sua vida no serviço de milhões de crianças, de adolescentes e dos mais desfavorecidos pelos quatro cantos do mundo! Penso que ao vosso meio de informação não interessa que eu precisei transportar, por caminhos minados, em 2002, muitas crianças desnutridas de Cangumbe a Lwena (Angola), pois nem o governo se dispunha a isso e as ONGs não estavam autorizadas; que tive que enterrar dezenas de pequenos mortos entre os deslocados de guerra e os que retornaram; que tenhamos salvo a vida de milhares de pessoas no Moxico com apenas um único posto médico em 90.000 km2, assim como com a distribuição de alimentos e sementes; que tenhamos dado a oportunidade de educação nestes 10 anos e escolas para mais de 110.000 crianças...
Não é do interesse que, com outros sacerdotes, tivemos que socorrer a crise humanitária de cerca de 15.000 pessoas nos aquartelamentos da guerrilha, depois de sua rendição, porque os alimentos do Governo e da ONU não estavam chegando ao seu destino. Não é notícia que um sacerdote de 75 anos, o padre Roberto, percorra, à noite, a cidade de Luanda curando os meninos de rua, levando-os a uma casa de acolhida, para que se desintoxiquem da gasolina, que alfabetize centenas de presos; que outros sacerdotes, como o padre Stefano, tenham casas de passagem para os menores que sofrem maus tratos e até violências e que procuram um refúgio.
Tampouco que Frei Maiato com seus 80 anos, passe casa por casa confortando os doentes e desesperados.Não é notícia que mais de 60.000 dos 400.000 sacerdotes e religiosos tenham deixado sua terra natal e sua família para servir os seus irmãos em um leprosário, em hospitais, campos de refugiados, orfanatos para crianças acusadas de feiticeiros ou órfãos de pais que morreram de Aids, em escolas para os mais pobres, em centros de formação profissional, em centros de atenção a soropositivos... ou, sobretudo, em paróquias e missões dando motivações às pessoas para viver e amar.
Não é notícia que meu amigo, o padre Marcos Aurelio, por salvar jovens durante a guerra de Angola, os tenha transportado de Kalulo a Dondo, e ao voltar à sua missão tenha sido metralhado no caminho; que o irmão Francisco, com cinco senhoras catequistas, tenham morrido em um acidente na estrada quando iam prestar ajuda nas áreas rurais mais recônditas; que dezenas de missionários em Angola tenham morrido de uma simples malária por falta de atendimento médico; que outros tenham saltado pelos ares por causa de uma mina, ao visitarem o seu pessoal. No cemitério de Kalulo estão os túmulos dos primeiros sacerdotes que chegaram à região... Nenhum passa dos 40 anos. Não é notícia acompanhar a vida de um Sacerdote “normal” em seu dia a dia, em suas dificuldades e alegrias consumindo sem barulho a sua vida a favor da comunidade que serve.
A verdade é que não procuramos ser notícia, mas simplesmente levar a Boa-Notícia, essa notícia que sem estardalhaço começou na noite da Páscoa. Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta que cresce. Não pretendo fazer uma apologia da Igreja e dos sacerdotes. O sacerdote não é nem um herói nem um neurótico. É um homem simples, que com sua humanidade busca seguir Jesus e servir os seus irmãos.
Há misérias, pobrezas e fragilidades como em cada ser humano; e também beleza e bondade como em cada criatura...Insistir de forma obsessiva e perseguidora em um tema perdendo a visão de conjunto cria verdadeiramente caricaturas ofensivas do sacerdócio católico na qual me sinto ofendido. Só lhe peço, amigo jornalista, que busque a Verdade, o Bem e a Beleza. Isso o fará nobre em sua profissão.
Em Cristo, Pe. Martín Lasarte, SDB.
*****
Apesar do Ano Sacerdotal ter terminado, continuamos com a campanha: reze uma Ave-Maria por seu Sacerdote! Eles precisam de nós e de nossas orações.
abraços fraternos

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O MAIOR INVESTIMENTO DADO AOS FILHOS

O MAIOR INVESTIMENTO DADO AOS FILHOS
No sistema do príncipe deste mundo, há punições. No sistema do mundo, o que o inimigo faz acontecer é infidelidade, adultério, prostituição, sexualidade livre e tantos outros males.
Se você já entrou pelo caminho errado, pule imediatamente para fora desse sistema! Por quê? Porque, se Deus não for o primeiro da sua casa, de seu casamento, de sua família, nada vai sobreviver! É uma questão de sobrar! É preciso que Deus seja o primeiro em sua família! Que seja o centro dela! Isso se chama conversão: entrarmos no caminho certo, no qual Deus seja o primeiro de nossa vida e de tudo que a envolve.
O primeiro em seu trabalho precisa ser Deus. Você trabalha por causa d'Ele e não por dinheiro, promoção, por seu patrão ou seus colegas. Trabalha porque assim o Senhor fala a respeito da lei do trabalho: "Ganharás o pão com o suor do teu rosto" (cf. Gn 3,19a).
Se Deus não guardar nossos filhos, se não for o primeiro em nossas vidas de pai e mãe, em vão tentaremos guardá-los. Estaremos perdendo, pois o mundo segue seu próprio sistema, com suas causas e consequências, e nos envolve. Ele é inclemente com nossos filhos. Não será nossa honradez que vai protegê-los; não serão nossas palavras que irão assegurá-los: será nossa vida colocada a serviço de Deus e Seu Reino que vai alcançar essa graça.
Aqueles que estão no sistema do mundo são extorquidos até a última consequência; são cobrados de tudo até o fim. Nossos filhos não serão guardados se o Senhor não guardá-los. Portanto, atenção: o maior investimento que pode ser dado a eles não é o colégio, roupas, poupança, e sim, Deus vivo! E só conseguimos transmitir um Deus vivo quando O vivenciamos.
Monsenhor Jonas Abib

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Do comunismo ao catolicismo e ao sacerdócio

Do comunismo ao catolicismo e ao sacerdócio

Entrevista com o Pe. Yurko Kolasa, da Ucrânia

VIENA, quarta-feira, 9 de junho de 2010 (ZENIT.org).- Educado na União Soviética comunista, Yurko Kolasa não sabia nada da fé católica até o início de sua adolescência. Quando a Igreja greco-católica passou de um ambiente clandestino a ser uma prática aberta e uma religião respeitada na Ucrânia, o mundo se abriu para esse futuro sacerdote.

Atualmente, o Pe. Kolasa é o prefeito do programa de formação para sacerdotes, seminaristas e religiosos no Instituto Teológico Internacional de Viena. Também é um sacerdote casado da Igreja greco-católica de rito oriental e pai de quatro filhos.

Ele fala do programa de preparação para o Matrimônio que foi desenvolvido e como ele influenciou de maneira positiva na taxa de êxito matrimonial na Ucrânia.

Rapidamente está se convertendo no protótipo do programa de preparação matrimonial em várias dioceses do Leste Europeu.

- O senhor afirma que aceitou as ideias do comunismo até os 15 anos. O que lhe fez se afastar desta ideologia e ir para a fé católica?

Pe. Kolasa: A maioria dos meus familiares era muito ativa no partido comunista. Como criança, eu não sabia nada sobre a perseguição à Igreja greco-católica na União Soviética.

Foi em 1989, quando a igreja grega foi legalizada, que comecei a ter conhecimento dos milhares de mártires dessa igreja greco-católica: bispo, clero, monges e leigos.

Foi a autenticidade de sua fé que mudou radicalmente minha vida. Estava impressionado pelo fato de que tanta gente resistia a se comprometer com o regime opressor desse momento e a superar os maiores desafios morais do século XX: a supressão da liberdade dada por Deus e a dignidade humana pelo totalitarismo ideológico.

Eles deram o testemunho mais forte de sua fé: seu sangue.

- Apesar dos esforços do governo para acabar com o cristianismo, a fé das pessoas prevaleceu. Você poderia descrever como as pessoas continuaram praticando, ou ao menos mantendo, sua fé nessas condições?

Pe. Kolasa: No final de 1947, homens e mulheres religiosos, fiéis leigos e centenas de sacerdotes que se recusaram a "se converter" à ortodoxia, muitas vezes com seus cônjuges e filhos, foram presos e enviados para campos de trabalho, onde enfrentaram dificuldades terríveis.
As paróquias nas que o pastor havia sido preso se contiveram na coluna vertebral do underground.

Os fiéis cantavam fora das igrejas fechadas ou celebravam o culto em igrejas não registradas pelo regime. Os sacerdotes que tinham evitado ser presos tentavam fazer suas visitas pastorais a essas comunidades clandestinas. As freiras mantinham contato entre os sacerdotes e os leigos, impulsionando serviços religiosos secretos e catequizando as crianças.

Com a morte de Stalin, em março de 1953, muitos sacerdotes que sobreviveram aos campos receberam autorização para voltar para casa, onde retomaram suas atividades pastorais.
Os sacerdotes celebravam os sacramentos em bosques ou em lugares reservados, à tarde, à noite ou logo de manhã, além de seus trabalhos legais. Algumas vezes eram capturados e condenados novamente.

Até sair da clandestinidade em 1989, a igreja ucraniana greco-católica era a maior igreja ilegal do mundo. Também era a rede mais extensa de oposição civil entre a União Soviética.

Apesar da implacável perseguição, a vida da Igreja continuou, por meio de um elaborado sistema de seminários, mosteiros, ministros, paróquias e grupos juvenis clandestinos, até que foi legalizada em 1º de dezembro de 1989.

- O senhor é sacerdote greco-católico, está casado e tem quatro filhos. Para os que não estão familiarizados com a tradição do clero casado nos ritos católicos ou orientais, poderia explicar-nos como se produziu esta diferença na tradição?

Pe. Kolasa: A tradição do clero casado vem dos tempos apostólicos. Nos primeiros anos da Igreja, alguns homens casados foram inclusive consagrados bispos. A igreja oriental sempre seguiu a possibilidade de que os homens casados fossem ordenados ao sacerdócio.

Leve em consideração que nenhum sacerdote solteiro na igreja nunca se casou; só houve exemplos de homens casados que depois foram ordenados. A igreja ocidental decidiu ordenar somente homens que não estão casados, exceto para alguns protestantes que entraram na igreja nos últimos anos.

Eu sempre tive um grande respeito e uma alta estima pelos sacerdotes não casados e sempre tento incentivá-los a valorizar e proteger o dom que receberam.

São Paulo, em 1 Coríntios 7,7, diz: "Aliás, gostaria que todos fossem como eu. Mas cada um recebe de Deus um dom particular, um este, outro aquele".

- O senhor foi ordenado em 2001. Próximo do seu 10º aniversário como sacerdote, poderia compartilhar conosco algumas reflexões sobre sua vocação e sobre como sua vida mudou desde sua ordenação?

Pe. Kolasa: Uma das experiências mais fortes de ser sacerdote é ser testemunha direto do grande poder dos santos sacramentos e saber que, tão indigno como sou, Deus está me usando como canal de seu infinito amor.

Nunca esquecerei esse momento da minha vida em que, após um dia longo e exaustivo de cumprir diferentes tarefas na paróquia, me chamaram para dar a Unção dos Enfermos a um homem muito doente.

Quando cheguei, o pobre homem estava com uma terrível dor. Todo seu corpo estava preso a uma forte convulsão. Tentei me comunicar com ele, mas não respondia. Não sei se chegou a me escutar ou a me ver. Comecei a rezar as orações do rito da Unção dos Enfermos.

Nesse período, as convulsões somente aumentaram. No momento em que acabei com a palavra "Amém", seu corpo de repente descansou. Seus olhos estavam fechados. Contudo, ele respirava.
Eu disse para sua irmã que ficasse junto de mim, para rezarmos juntos e darmos graças a Deus por sua misericórdia. Quando começamos a recitar o Pai Nosso, o homem abriu os olhos suavemente; olhou sua irmã e a mim e sorriu de uma forma feliz e pacífica. Então fechou os olhos e respirou pela última vez.

Nesse momento, eu não podia parar de dar graças a Deus por salvar sua alma e pelo presente do sacerdócio.

- O senhor desenvolveu um programa de preparação para o Matrimônio que foi bem recebido na Ucrânia. Poderia nos falar do programa e do que acredita ter sido a chave de seu êxito?

Pe. Kolasa: Nossa experiência na Ucrânia mostrou que os jovens de hoje estão muito carentes de verdade. Somente quando encontram a verdade, suas vidas começam a mudar.

Outro aspecto importante é o desenvolvimento do cuidado pastoral das famílias cristãs jovens. Todo programa de preparação para o Matrimônio deve ser visto em relação com o cuidado pastoral das famílias jovens. Pode-se dizer que a qualidade da preparação ao matrimônio depende da continuidade.

Assim, só alguns meses depois de minha graduação no Instituto Teológico Internacional (2001), Sua Eminência, o cardeal Huzar, me pediu para que eu ficasse encarregado da Comissão Arquidiocesana de Matrimônio e Família em Lviv.

Em três rápidos anos, a comissão criou 13 centros de preparação para o Matrimônio, publicou um manual de preparação para o Matrimônio e preparou mais de três mil casais para o casamento. A cada ano, mais de 1.500 casais participam deste programa. Também foi usado como modelo para outras dioceses da Igreja ucraniana greco-católica.

É interessante destacar que as questões pró-vida e matrimoniais deram uma oportunidade para encontrar um ponto de união com a Igreja Ortodoxa. Alguns sacerdotes ortodoxos também recomendam o uso do manual greco-católico de preparação para o Matrimônio em suas paróquias.

Este trabalho da Igreja afetou também as estatísticas estatais, com um resultado destacável. Em 2000, a taxa de divórcio na região de Lviv era de 54%. Desde o momento em que a Igreja começou a implementar o programa de preparação para o Matrimônio, a situação melhorou. Na Ucrânia, os casais jovens são os mais propensos a se divorciarem, mas nos últimos quatro anos, a taxa de divórcio na região de Lviv caiu para 40%. Nas regiões Leste e Sul da Ucrânia, onde o programa não foi implementado, a taxa de divórcio estava em 80%. Também desde 2004 até o presente momento, a cidade de Lviv tem a maior taxa de natalidade.

Em 2006, o programa foi dado a conhecer aos oficiais do Estado, como uma via para superar a crise familiar na Ucrânia. Em janeiro de 2007, uma equipe de leigos começou um programa piloto para o Estado em Kiev, capital da Ucrânia, em um dos escritórios estatais para o registro matrimonial. O programa desenvolvido pelo Estado é diferente do programa utilizado na Igreja, mas também tem o objetivo de proclamar a verdade sobre a pessoa humana, o amor genuíno de Deus.

Em janeiro de 2008, após examinar o programa governamental durante um ano e entrevistar jovens casais que participaram da preparação matrimonial, os oficiais do Estado decidiram que o programa deveria continuar e ser implantado em toda cidade de Kiev. Agora, há 7 centros de preparação matrimonial na capital da Ucrânia, que preparam casais que se casam fora da igreja. Conforme for, poderia ser aprovado para todo o país.

Também criamos uma rede para ajudar os casais durante os primeiros anos de seu matrimônio e por meio de sua vida matrimonial conjunta. Percebemos que a preparação para o casamento deve sempre ser acompanhada do cuidado pastoral das famílias.

Cerca de 300 casais que passaram pelo programa são agora também voluntários ativos e ajudam outros casais a prepararem seu casamento. Isso melhorou consideravelmente a situação das famílias em nossa diocese.

A igreja greco-católica romana está usando agora o curso como base de seu programa de preparação para o Matrimônio.

No ano passado, o bispo austríaco encarregado do matrimônio e da família, Dom Kaus Küng, me pediu para ajudar a estabelecer um programa similar para a Áustria. Este programa está se estendendo agora pelas paróquias da Áustria.
Fonte: Zenit

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Islam e os Cristãos

Triste realidade...


ROMA, 08 Jun. 10 (ACI) .- Um vaticanista italiano revelou que Dom Luigi Padovese, Vigário de Anatólia e Presidente do Episcopado Turco, cancelou sua viagem ao Chipre diante da suspeita de que seu chofer –agora seu assassino confesso- pudesse atentar contra o Papa Bento XVI durante sua estadia na ilha.
O analista e sacerdote Filippo di Giacomo, que escreve para meios como o L'Unitá e La Stampa (ambos da Itália), revelou que "umas horas antes que Padovese fora assassinado, o Governo turco ligou para ele para dizer que o chofer, que eles mesmos tinham posto a seu serviço quatro anos atrás, tinha saído do seu controle.
Quer dizer, que tinha abraçado a causa fundamentalista".
Em declarações recolhidas pelo jornal espanhol El Pais, di Giacomo acrescentou que "ao sabê-lo, Padovese cancelou os bilhetes que tinha reservado para ir ao Chipre com Altun (seu chofer). Preferiu ficar em casa antes que realizar a viagem porque temia que seu chofer pudesse aproveitar sua proximidade ao Papa para atentar contra ele".
Segundo o diário El Pais, "a morte do bispo franciscano capuchinho, conhecido como um intelectual aberto ao islã que adorava a Turquia, produziu-se em um momento dramático para o Oriente Médio, horas depois de que Israel matara a nove pessoas (oito turcos e um americano) ao assaltar em águas internacionais a frota humanitária contra o bloqueio israelense a Gaza"."Outro fato menos comentado alimentou a inquietude do Vaticano: o Marrocos aproveitava a confusão para expulsar do país 28 cristãos que trabalhavam com os pobres aduzindo que 'perturbavam a mentalidade do bom muçulmano'", acrescentou o jornal.
Di Giacomo assinalou ao jornal espanhol que a expulsão é conseqüência "da sentença promulgada por 7.300 doutores marroquinos da lei islâmica que declararam recentemente que a caridade cristã deve ser considerada terrorismo religioso".
Enquanto se celebravam os funerais de Dom Padovese, o canal de televisão turco NTV informou que o chofer Murat Altun, de 26 anos de idade, confessou ter assassinado o Bispo –que recebeu 25 punhaladas, oito delas no coração, e quase foi decapitado- por "inspiração divina".
NTV acrescentou que Altun deu vivas a Alá várias vezes depois do assassinato, apesar de apresentar-se como cristão.
fonte: ACI Digital

Andrea Bocelli sobre o Aborto

A HAIA, 07 Jun. 10 (ACI) .- O cantor italiano Andrea Bocelli contou a história da gravidez de sua mãe, durante a qual os médicos sugeriram que ela abortasse porque ele podia nascer com uma deficiência . Em um novo vídeo, ele elogia a sua mãe por ter feito a escolha "certa", dizendo que outras mães devem ter o incentivo desta história.
Em um vídeo no site YouTube intitulado "Andrea Bocelli conta uma "historinha" sobre o aborto", o cantor se senta diante de um piano e conta ao público uma história sobre uma jovem esposa grávida internada por "um ataque de apendicite simples.""Os médicos tiveram de aplicar gelo em seu estômago e quando terminaram os tratamentos os médicos sugeriram que ela abortasse a criança. Eles disseram que era a melhor solução, porque o bebê nasceria com alguma deficiência."Mas a jovem mulher corajosa decidiu não abortar, e a criança nasceu," ele continuou."
Essa mulher era minha mãe, e eu era a criança. Talvez eu tenha parte no assunto, mas posso dizer que aquela foi a escolha certa". Ele disse esperar que a história pode incentivar muitas mães em "situações difíceis", que querem salvar a vida de seus bebês.
Bocelli possui glaucoma congênito e perdeu a visão completamente aos 12 anos de idade, após ser atingido na cabeça durante um jogo de futebol.
O vídeo foi produzido pela www.IamWholeLife.com, uma iniciativa do grupo Human Rights, Education and Relief Organization (Direitos Humanos, Educação e Organização de Auxílio) ou HERO por suas siglas em inglês).
A HERO é um parceiro do ator pró-vida Eduardo Verástegui.O vídeo em italiano com legendas em inglês pode ser visto em: http://www.youtube.com/watch?v=6QfKCGTfn3o&feature=player_embedded
Fonte: ACI digital

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Manifestação Anti-Católica


ROMA, 12 Abr. 10 (ACI) .- Ed Kock é um judeu que foi prefeito de Nova Iorque, Estados Unidos, entre 1978 e 1989. Ele escreveu um artigo no jornal israelense Jerusalem Post no qual assinala: "acredito que os contínuos ataques dos meios à Igreja Católica e a Bento XVI se converteram em manifestações de anti-catolicismo e que a cadeia de artigos sobre os mesmos eventos não têm já a intenção de informar mas sim de 'castigar'".
Em seu artigo sobre a campanha difamatória empreendida por diversos meios para apresentar o Santo Padre como "encobridor" de abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero, Koch comenta que este tipo de crimes são uma coisa "horrenda" e sublinha como o Papa Bento XVI "em várias ocasiões, em nome da Igreja, admitiu as culpas e pediu perdão".
Para o ex-prefeito de Nova Iorque "muitos dos que nos meios atacam a Igreja e o Papa hoje o fazem evidentemente com prazer, e em qualquer caso com malícia".
Isto acontece, em opinião de Ed Kock, porque "existem muitos nos meios, inclusive entre os católicos assim como entre outras pessoas, que objetam ou se irritam pela posição da Igreja que é contrária a todo aborto e ao matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, favorece a manutenção da regra do celibato para os sacerdotes assim como a exclusão das mulheres no sacerdócio. É contrária às medidas de controle da natalidade, ao uso libertino dos preservativo e fármacos (anticoncepcionais), assim como contrária ao divórcio civil".
Embora ele mesmo poderia não estar de acordo com estas posições, explica Koch, considera que a Igreja Católica tem "o direito de exigir a seus próprios fiéis o cumprimento de todas as suas obrigações religiosas e o direito de sustentar-se no que (Ela) crê".
Para o ex-prefeito a Igreja Católica é "uma força positiva no mundo" e que a importância de milhões de católicos é importante para a paz e a prosperidade.
Finalmente Ed Kock reitera que "os atos cometidos por membros do clero católico são atos terríveis" e adverte citando o Evangelho de São João: "quem de vós esteja livre de pecado, que atire a primeira pedra".

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Oração pelo Papa

Boa tarde!

Relembro aqui a campanha iniciada: Rezemos pelo Papa. Como continuamos no Ano Sacerdotal, continuo o apelo: Rezemos pelos nossos Sacerdotes.

Amigos, tudo pode ser mudado pela oração, e sabemos que somos muitos os católicos pelo mundo, se cada um fizer a sua parte, oferecer suas orações, missas e sacrifícios pelo Santo Padre, pela Igreja e pelos Sacerdotes, tudo pode mudar!!
Só depende de cada um! Eu estou fazendo a minha parte, e você?
Partilho com vocês uma bela oração pelo Santo Padre que veio do Movimento Salvai Almas. Convido-os a rezar diariamente essa oração por nosso Pastor!


Abraços fraternos

João Batista

ORAÇÃO DIÁRIA PELO PAPA BENTO XVI

Pai Santo, Vós que sois o Senhor de todas as gentes e de todo o Universo, olhai para o nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI, escolhido por vós como Timoneiro desta Santa Igreja, que tanto sofre por causa dos constantes ataques do inimigo, para que ele consiga prosseguir na elaboração de Vossos planos e ser sempre o guardião fiel de vossos segredos, a fim de que nossa Santa Igreja seja sempre protegida e salva das mãos inimigas!

Pai Santo, derramai luzes sobre a Santa Igreja, Fortaleza e Discernimento sobre o Santo Padre! Cuidai dele e protegei-nos sempre, para que também possamos ser igreja fiel, e seguidora das orientações deste nosso Pastor.

Obrigado, Pai, por nos amardes tanto! Amém!

Fonte: Movimento Salvai Almas

“não estimulem a confusão sexual entre os adolescentes”

Pediatras americanos: “não estimulem a confusão sexual entre os adolescentes”

ROMA, terça-feira, 13 de abril de 2010 (ZENIT.org). - Christine Vollmer, presidente da Alliance for the Family, membro da Pontifícia Academia pela Vida e do Pontifício Conselho da Família e líder do grupo que instituiu o “Alive to the World”, comemorou o recente anúncio do American College of Pediatricians (ACP) que inclui uma advertência embasada em anos pesquisas clínicas e observações rigorosas.

A ACP divulgou em nota os resultados de uma série de estudos que determinam, de maneira inequívoca, que o desejo de pré-adolescentes de serem do sexo oposto constitui um estágio de desenvolvimento absolutamente normal e temporário.

A ACP divulgou também uma advertência às escolas e aos adultos responsáveis sobre o fato de que a confusão de gênero, a atração pelo mesmo sexo, e a confusão sexual não devem jamais ser estimulados.

“Mesmo crianças e adolescentes com Desordem de Identidade de Gênero (quando uma criança tem desejo de ser do sexo oposto) perdem estas tendências durante a puberdade, quando este comportamento não é reforçado”.

“Os pesquisadores, Zucker e Bradley, afirmam que, quando os pais ou outros adultos estimulam uma criança ou adolescente a se comportar ou ser tratado como se fosse de outro sexo, é reforçada a confusão, e a criança é assim condicionada a uma conduta dolorosa e sofrida sem necessidade”.

Mesmo que “motivadas por intenções nobres”, “as escolas podem ironicamente desempenhar um papel negativo quando reforçam tais desordens”, explica a comunicado enviado na semana passada a 14.800 inspetores de ensino dos EUA, assinado por Tom Benton, MD, FCP, presidente do American College of Pediatricians.

Benton divulgou ainda uma página na internet sobre o tema,www.FactsAboutYouth.com (em inglês), na qual os pais e responsáveis podem encontrar mais informações.

“É importante a questão seja esclarecida”, disse Christine Vollmer a ZENIT.

“Nosso programa, que já tem 12 anos, Alive to the World, inclui diretrizes claras para compreender e acompanhar as crianças e adolescentes através dos vários estágios psicológicos de seu desenvolvimento rumo à maturidade”, acrescentou.

“Para dizer com as palavras do Dr. Benton” – prossegiu – “a adolescência é um período de agitação e efemeridade. Os adolescentes experimentam confusão a respeito de muitas coisas, incluindo a orientação sexual e a identidade de gênero, e são particularmente vulneráveis às influências do ambiente”.
Fonte: Zenit

terça-feira, 4 de maio de 2010

Papa quer diálogo com os pensadores ateus

Arcebispo Ravasi: Papa quer diálogo com os pensadores ateus

Afirma que a Santa Sé está tratando “com muito rigor” os casos de pedofilia
VALÊNCIA, terça-feira, 13 de abril de 2010 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI está impulsionando o diálogo entre a fé e a razão, e nele se incluem pensadores e artistas ateus. Foi o que afirmou hoje o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, o arcebispo Gianfranco Ravasi, em uma coletiva de imprensa em Valência (Espanha), segundo informa a agência diocesana Avan.

Dom Ravasi, que se encontra na cidade espanhola para a inauguração da cátedra Fides et Ratio da Universidade Católica de Valência (UCV), explicou que seu dicastério vaticano está conduzindo muitas iniciativas no âmbito do diálogo com o mundo da cultura.

Ele explicou que durante a visita a Portugal, em maio, o Papa manterá um encontro com artistas portugueses, entre eles o cineasta Manuel Oliveira.

Também se está preparando, para este ano, uma série de encontros em Paris, na sede da UNESCO, na universidade de Sorbona e na Academia Francesa, através do Pátio dos Gentis, instituição criada por seu próprio dicastério para impulsionar o diálogo com o âmbito do ateísmo.
Dom Ravasi afirmou que o cristianismo “tem sempre uma função dentro da cultura”, ainda que em algumas de suas expressões esta “possa ser completamente secular ou laica”.

A religião “favorece as respostas fundamentais que todo homem se faz acerca da vida, morte, dor, justiça e da verdade”.

Pedofilia

Perguntado por jornalistas locais sobre os casos de abusos a menores da parte de clérigos, Dom Ravasi reconheceu que se trata de questões greves e afirmou que a Santa Sé está tratando o tema “com muito rigor”.

Após explicar as medidas adotadas nestes casos, o prelado também lamentou algumas das reações públicas reproduzidas por meios de comunicação contra o Papa, que em sua opinião são “excessivas e quase agressivas”.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Livro conta as memórias de um exorcista

Livro conta as memórias de um exorcista

Entrevista com o autor, o jornalista e escritor Marco Tosatti
Por Antonio Gaspari

ROMA, segunda-feira, 12 de abril de 2010 (ZENIT.org). – Padre Gabriele Amorth é sacerdote paulino. Antes de se tornar sacerdote, esteve na guerra, foi partidário e graduou-se em direito. Teólogo mariano, foi por muitos anos diretor da prestigiada publicação paulina Madre di Dio, até ser apontado pelo cardeal Ugo Poleti ao cargo oficial de exorcista.

Em mais de 25 anos de atividade, Amorth já realizou mais de 70 mil exorcismos, sendo considerado o exorcista mais experiente do mundo.

Marco Tosatti, vaticanista do jornal La Stampa, autor de diversos livros, entrevistou padre Amorth, publicando em seguida o livro Memorie di un esorcista (“Memórias de um exorcista”, Edizioni Piemme).

O livro é algo como um testamento espiritual, no qual Amorth narra seus embates contra o maligno: um série impressionante de histórias que testemunham a presença, mas também a libertação do mal.

ZENIT entrevistou Marco Tosatti.

- Quem é o exorcista e quem é particularmente padre Amorth?
- Tossati: Um exorcista é um sacerdote que recebeu de seu bispo – o único autorizado a realizar este tipo de intervenção – a autorização para libertar do mal pessoas afetadas por fenômenos demoníacos, como a infestação, a vexação e a possessão. Padre Gabriele é presidente honorário da associação de exorcistas, por ele fundada há vários anos, e é provavelmente o exorcista mais famoso do mundo. Completará 85 anos neste mês de abril e continua empenhado em sua batalha...

- Existe de fato o demônio?
- Tosatti: Quem é cristão não pode se privar de acreditar na existência de um espírito, que rejeitou a Deus e age de maneira ordinária e extraordinária – algo raríssimo – no mundo.

- Quem é, o que faz, como se manifesta e de que modo os exorcistas neutralizam sua influência sobre as pessoas?
- Tosatti: É um anjo caído, que lidera outros seres semelhantes a ele. Em sua ação ordinária, busca arrastar as pessoas para o pecado, a fim de conquistar suas almas. Sua ação extraordinária é certamente mais misteriosa. Com a permissão de Deus, realiza ações sobre as pessoas, podendo alcançar, em alguns casos, a possessão (que não pode, porém, tocar a alma). Os exorcistas, com as orações do ritual e pelo uso dos sacramentais, buscam libertar as vítimas de tais ações negativas.

- Por que a Igreja instituiu a figura do exorcista?
- Tosatti:
Jesus Cristo conferiu aos seus discípulos o mandato de pregar o evangelho, curar os doentes e expulsar os demônios. Por vários séculos, não houve na cristandade a figura do exorcista: qualquer cristão poderia se fazer soldado nesta batalha. E ainda hoje simples cristãos podem proferir orações de libertação. Alguns santos, como por exemplo o padre Pio, libertavam vítimas da influência demoníaca sem serem exorcistas. Cumpre salientar que nos últimos anos, em resposta a uma demanda crescente, os bispos se veem cada vez mais obrigados a nomear sacerdotes para atuarem neste tipo de trabalho pastoral.

- Quanto há de sugestão e quanto há de verdadeiro nas pessoas que acreditam estar possuídas pelo demônio?
- Tosatti:
Pelo que pude verificar em minhas pesquisas, os casos reais de possessão, vexação ou infestação são muito, muito raros. Padre Gabriel, e acredito que seus colegas também devam agir desse modo, não recebe nenhum caso que não tenha sido previamente avaliado pela medicina oficial. E, apesar dessa precaução, vê que em muitos casos não se evidencia uma origem maléfica dos distúrbios. Mas, ainda que raros, os casos de influência demoníaca autêntica existem, e são impressionantes.

- De que maneira as pessoas podem evitar as tentações do pecado e do mal?
- Tosatti:
Evitar as investidas das tentações, creio que seja impossível; mas uma vida límpida e cristã pode nos ajudar a não ceder a estas tentações.

- O demônio sempre ameaçou a Igreja. Papa Paulo VI disse certa vez: “a fumaça de Satanás adentrou na Igreja”. João Paulo II e Bento XVI denunciaram em diversas ocasiões a presença da cauda do diabo em muitas ocasiões na qual a cátedra de Pedro foi prejudicada. No presente momento, assistimos a um ataque sem precedentes ao atual Pontífice. O que pensa a respeito?
- Tosatti:
Bento XVI, como João Paulo II antes dele, indicou nos temas morais como a defesa da vida e da família a batalha central da Igreja em nossos tempos. É uma batalha contra a cultura predominante no mundo ocidental, em especial no âmbito da mídia.
É evidente a tentativa de desacreditar a Igreja e o Papa, justamente para enfraquecer o impacto de seu ensinamento. Também de modo instrumentalizado e incorreto, esperando pelos efeitos negativos na opinião pública, que frequentemente não dispõe de instrumentos ou de tempo para analisar de forma ponderada as acusações. Isso se torna ainda mais extraordinário quando constatamos que, se há alguém hoje que busque limpar a Igreja e que sempre buscou, este alguém é Joseph Ratzinger. Parece-me assim que nossa categoria não está vivendo um de seus momentos mais felizes.
Fonte: Zenit.com

Santa Sé publica guia de procedimentos sobre casos de abusos


Para explicar como a Congregação para a Doutrina da Fé age nestes casos

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 12 de abril de 2010 (ZENIT.org).- A partir de hoje, o site da Santa Sé oferece uma guia para compreender os procedimentos básicos da Congregação para a Doutrina da Fé frente a casos de denúncias por abusos sexuais. Assim afirmou a Rádio Vaticano, explicando que esta iniciativa "não é um novo documento, mas um resumo dos procedimentos operativos já definidos, que pode ser de ajuda para leigos e não-canonistas" na hora de compreender a atuação da Congregação.

Os procedimentos se remetem, segundo a emissora pontifícia, ao "Motu Proprio Sacramentorum sanctitatis tutela, de 30 de abril de 2001, junto com o Código de Direito Canônico de 1983".

Este procedimento, que está em vigor desde 2001, começa quando uma "diocese indaga sobre qualquer suspeita de abusos sexuais perpetrados por um religioso contra um menor. Se a suspeita for verossímil, o caso deve ser levado à Congregação para a Doutrina da Fé".

"O bispo local transmite todas as informações necessárias à Congregação para a Doutrina da Fé e expressa sua opinião sobre medidas e procedimentos que devem ser adotados. A lei civil referente à denúncia dos crimes às autoridades apropriadas deve ser sempre aplicada."

Da fase preliminar até a conclusão do caso, o bispo pode tomar medidas preventivas. "É conferido ao bispo local o poder de tutelar as crianças, limitando as atividades de qualquer sacerdote em sua diocese", seja antes, durante ou depois do procedimento.

Com relação ao procedimento, a Congregação estuda o caso e pede, se necessário, informações complementares.

A Congregação "pode autorizar o bispo local a instruir um processo penal judicial diante de um tribunal eclesiástico local". Também pode autorizá-lo a instruir um processo penal administrativo. Para apelar às sentenças emitidas por um tribunal eclesiástico, o sacerdote deve fazê-lo por meio da Congregação, cuja sentença será inapelável.

Ambos os procedimentos - judicial e administrativo penal - podem comportar certo número de penas canônicas, incluindo a demissão do estado clerical.

"Nos casos particularmente graves, em que um religioso durante um processo é declarado culpado de abusos sexuais contra menores ou que as provas sejam evidentes, a Congregação para a Doutrina da Fé pode decidir levar tal caso diretamente ao Santo Padre, a fim de que o Papa emita um decreto de demissão do estado clerical ‘ex officio'. Não existe recurso canônico contra o decreto papal."

Também apresentam ao Papa os casos de sacerdotes que, conscientes dos crimes cometidos, pedem a demissão.

"Nos casos em que o sacerdote acusado tenha admitido seus crimes e se proposto a viver uma vida de oração e penitência, a Congregação para a Doutrina da Fé autoriza o bispo local a emitir um decreto que proíbe ou limite o ministério público de tal sacerdote. No caso de violação das condições do decreto, não está excluída a destituição do estado clerical", informa a Rádio Vaticano.
Fonte: Zenit.com

terça-feira, 27 de abril de 2010

Convocação à Oração por Bento XVI!!!

Caros irmãos,

Em vista do que estamos vendo e ouvindo sobre a perseguição ao Papa, aos Sacerdotes e à Igreja Católica pela mídia e pela sociedade, convoco aos verdadeiros católicos, que amam a Santa Igreja, ao Papa e aos Sacerdotes que rezem, ofereçam terços, missas, sacrifícios e muitas orações ao nosso querido Pai Espiritual, representante de Cristo na Terra, bem como à toda a Igreja, seus representantes - cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, assim como todos nós fiéis leigos!

Nossa amada Igreja passa por um terrível momento de perseguição no mundo todo. Nosso Papa sofre e precisa de nós: que o defendamos e principalmente, rezemos muito por ele, para que o Espírito Santo dê forças, discernimento e sabedoria nesse momento tão difícil.
Não deixemos de fazer nossa parte, de oferecer nossa ajuda à nosso Pai, principalmente por meio de nossas orações. Ele precisa muito delas!

Convoque seus amigos, seu grupo de orações, encaminhe essa mensagem a seus vizinhos, colegas de trabalho, coloque no seu blog e mande a todos os que você sabe que são verdadeiramente católicos e que amam o Papa Bento.

Você que recebeu essa mensagem, pare por 2 minutos e reze uma Ave-Maria por nosso Papa. Ofereça sacrifícios, missas e orações. Nosso pouco, nesse momento, será muito!
Que essa mensagem corra o mundo, e que todos juntos, nos unamos pelo Papa e pela Santa Igreja!
Um grande abraço, na certeza de que Deus estará recompensando a cada um por tudo o que puder fazer por nosso Papa e pela Santa Igreja!
Abaixo, segue uma reportagem do site Zenit que mostra um pouco da perseguição que hoje tem sofrido nossa amada Igreja e principalmente nosso Papa.
João Batista
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Cardeal Rivera denuncia “linchamento midiático” do Papa

Por Nieves San Martín
CIDADE DO MÉXICO, segunda-feira, 26 de abril de 2010 (ZENIT.org). – O Conselho dos Analistas Católicos do México divulgou nesta segunda-feira um comunicado no qual denuncia uma campanha de “descrédito midiático do Papa Bento XVI e do cardeal Norberto Ribera Carrera pelos casos de pedofilia”, definida como um “linchamento midiático”.

Os leigos que compõem o Conselho dos Analistas Católicos sustentam em sua declaração – enviada à ZENIT por Carlos Montiel, presidente do conselho – que a “intenção dos vários meios de comunicação ao informarem sobre a pedofilia no seio da Igreja não é outra senão a de levar a cabo uma campanha de linchamento midiático contra o Papa e o arcebispo primaz do México, dedicando-se a explorar o escândalo”.

“A ineficiência de alguns destes veículos os levou a assumirem a postura de juízes, abandonando seu trabalho de informar para dedicarem-se a punir”. “Estamos diante de um momento em que faltam informações sérias”, em que “a divulgação da informação se reduz à promoção da calúnia”, sublinham.

Do mesmo modo, consideram “inaceitável que a campanha de descrédito do pontificado do Santo Padre Bento XVI provenha de lobbyies políticos, de grupos midiáticos e de organizações privadas que atuam na defesa de interesses próprios, como consequência da campanha pró-vida e pró-família promovida pela Igreja”.

Segundo os analistas católicos, “pretende-se expulsar a Igreja católica do espaço público, ou pelo menos manchar sua imagem pública”.

Analisando a situação atual, acrescentam, constata-se que “aqueles que buscam diluir a liderança da Igreja enquanto formadora de sociedades e famílias, são aqueles que lutam por uma falsa, pérfida e eufemística democracia, a fim de submetê-la aos interesses e caprichos do Estado ou de alguns poucos grupos políticos”.

Os analistas católicos expressam sua “plena adesão ao Santo Padre Bento XVI, que afrontou, de modo decisivo, os depreciáveis casos de pedofilia”, e pedem aos “informadores e meios de comunicação hostis à Igreja, que apresentem as provas que fundamentam seus artigos e suas opiniões”.

Da mesma forma, manifestam “apoio ao arcebispo primaz do México, cardeal Norberto Rivera Carrera, que anunciou ‘tolerância zero’ contra pedófilos que possam eventualmente agir na arquidiocese”.

Neste sentido, rejeitam a campanha de reabertura do processo judicial movido contra o cardeal, segundo eles “uma distração”, “uma fabricação oportunista da mídia, que busca lucrar com a reabertura de processos já analisados pelas autoridades competentes, que inocentaram o cardeal”.

Por isso, pedem o fim das investidas contra Bento XVI e os prelados, afirmando que “certamente o Santo Padre é um líder necessário para a promoção e a melhoria das relações sociais, políticas e culturais no mundo”.

Anunciam também que “a Igreja católica não perdeu sua credibilidade com os escândalos cometidos por sacerdotes”. Ao contrário, lembram os tantos “católicos que, de maneira heróica, mantiveram íntegra sua própria fé: bispos, sacerdotes, religiosos, líderes e fiéis leigos”, e pedem “aos responsáveis pelos veículos de comunicação e às autoridades às quais compete zelar pela liberdade religiosa, que se deixe de influenciar a opinião pública acrer que na Igreja se age com uma moral ambígua”.

Aos deputados e senadores que compõem o Congresso, pedem “que seus projetos de lei estejam de acordo com o princípio do Estado laico e da liberdade religiosa”, e aos juízes “que sejam imparciais ao aplicarem a justiça”.

“O problema da pedofilia” – afirmam – “é sem dúvida inaceitável, como o é também o aborto. Se o primeiro desfigura o futuro de uma pessoa, o segundo despedaça, destrói e elimina todo o futuro de uma vida”. Lamentam assim “a dor daqueles que sofreram abusos por parte de alguns pastores e ex-sacerdotes da Igreja”.

O Conselho dos Analistas Católicos do México “expressa sua solidariedade para com todas as vítimas, pedindo a Deus que alivie esta situação abominável, e que conceda sua graça aos homens e mulheres que denunciaram estes crimes, e que seu corajoso testemunho sirva para melhorar toda a sociedade”.

Concluem declarando sua “confiança na Misericórdia divina para todos aqueles acometidos pelo desejo de destruir o próximo”, para que possam “ser iluminados e converterem-se, integrando-se à Igreja de Cristo, ferida por estes pecados”.
Fonte: Zenit.com