
Um dos grandes pilares da Igreja católica, fator importante de sua admirável unidade, é o Papa. O sucessor de Pedro, Pastor desvelado, conduz a grei de Cristo, impedindo que as forças malignas triunfem, não obstante as mais graves e sérias crises através dos tempos.
Numa
das encruzilhadas da História, João XXIII convocou oportunamente o
Concílio Vaticano II e forneceu à Igreja uma bússola segura numa época
de turbulências. Este Concílio foi um testemunho a mais da valia do Papa
para que a Instituição estabelecida por Cristo não fosse tragada no
torvelinho de erros que marcaram o final do século XX. Rejuvenescida a
Igreja penetrou no novo milênio firme nas orientações de Paulo VI e no
gloriosíssimo pontificado de João Paulo II.
Em
nossos dias Bento XVI, cuja cultura vem deslumbrando o mundo, vai
contornando todos os problemas, firme nos princípios eternos que
sustentam a vida eclesial. (...)
Pois
bem, entre as instruções do atual Papa estão várias sobre Pedro e seus
sucessores. Lembra Bento XVI que após Jesus, Pedro é o mais conhecido
citado 154 vezes no Novo Testamento. Salienta ainda aquele episódio
quando Cristo foi cercado de uma grande multidão que estava na margem do
Lago de Genezaré. Ele subiu à barca de Simão para dela poder doutrinar
os ouvintes (Lc 5,1-3). Diz Bento XVI: "desse modo, a barca de Pedro
converte-se na cátedra de Jesus".
Seguiu-se
depois a pesca milagrosa, outro fato também muitíssimo significativo,
tanto mais que Pedro ficara tão impressionado que pediu a Cristo:
"Afasta-te de mim, Senhor, que sou um homem pecador" (Lc5,8). A resposta
de Jesus foi clara: "Não temas. Desde agora serás pescador de homens"
(Lc 5,10). Iniciava-se a grande aventura do primeiro papa que, como
primeiro papa, viria mais tarde a ser martirizado em Roma. 

Recorda
ainda Bento XVI o acontecimento de Cesaréia de Felipe, quando à
indagação do Mestre sobre que diziam os homens ser ele e Pedro deu a
bela resposta: "Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo". Cristo então lhe
promete o primado: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha
Igreja" (Mt 16,18). Mais tarde, Jesus, após sua ressurreição, nas
margens do Lago de Tiberíades confia a Pedro sua missão sublime, depois
de lhe tomar um tríplice ato de amor: "Apascenta meus cordeiros ...
apascenta minhas ovelhas" (Jo 21, 15-19). Trata-se da universalidade do
rebanho, sem exceção alguma.
Pedro
foi, de fato, constituído chefe supremo da Igreja e sua tarefa seria
apascentar, ou seja, governar, Ele e seus sucessores seriam, realmente,
"fundamento da Igreja de Cristo". Concluindo suas reflexões sobre o
papel importantíssimo de Pedro, Bento XVI então suplica a todos os
cristãos: "Rezemos para que o Primado de Pedro, confiado a pobres seres
humanos, seja sempre exercido neste sentido original desejado pelo
Senhor e para que o possam reconhecer cada vez mais em seu significado
verdadeiro os irmãos que ainda não estão em comunhão conosco".
Eis
aí, aliás, um dever elementar do batizado: rezar sempre pelo papa.
Quando Pedro estava preso em Jerusalém a comunidade orou e veio um anjo e
o libertou. (Atos 12,5 - 11), Além disto, na medida das possibilidades
de cada um, generosa deve ser a contribuição para o Óbolo de São Pedro
neste dia do Papa. Colaborar com o Óbolo de São Pedro é participar da
caridade do Papa para com os mais pobres da terra. Foi desta ajuda, que
Bento XVI fez uma valiosa doação, quando visitou a Fazenda Esperança, em
Guaratinguetá, onde se trabalha pela recuperação de drogados, salvando
vidas. Tal oferta foi resultado das doações dos católicos.
Fonte: CatólicaNet