
Bom
seria se, por todos os nossos dias, acontecessem somente coisas que
tínhamos projetado viver. No entanto, toda opção contrária à nossa
vontade traz para a nossa realidade o compromisso de assimilar o novo.
É
sabido que muitos casamentos correm riscos de um desfecho nada parecido
com as alegrias que pensavam viver. Infelizmente, alguns casais chegam a
considerar a separação conjugal como a solução de seus problemas,
embora tenham feito o voto de viver juntos por toda a vida. Diante das
exigências do relacionamento, podem querer abandonar o compromisso
assumido, desejando, assim, recuperar o tempo que acreditam ter perdido,
saindo em busca da “felicidade” que consideram ter deixado para trás.
Aqueles
que, anteriormente, apresentavam-se abraçados em fotografias, talvez,
tenham se comportado, ao longo da vida conjugal, indiferentes ou
displicentes aos cuidados e carinhos necessários para a renovação do
amor, sentimento que os fez investir no casamento eterno. Por mais
plausíveis que sejam as razões da separação, haverá outros traumas
secundários, que implicarão na vida familiar, especialmente, quando
dessa relação vieram os filhos.
Pois como sabemos: “Na disputa entre o mar e o rochedo quem sofre são os mariscos”. Para
os filhos, – encarar a realidade de ter seus pais vivendo em casas
separadas – poderá ser um problema, tendo em vista que a referência de
família e o sinônimo de proteção, que todos temos, são compostos de pai,
mãe e filhos.
Muitos
são os relatos de filhos que experimentaram os dissabores da ruptura do
casamento de seus pais. Dúvidas surgem na cabeça deles diante dessa
desagradável surpresa, pois a quem irão recorrer? Quem vai ajudá-los a
solucionar os impasses e inseguranças que vão aparecer ao longo de suas
vidas? Ou com quem deverão morar? (Isso, quando essa escolha lhes é
permitida). Além
de não poderem contar com o esteio familiar como antes, deverão fazer a
difícil opção entre aqueles que por eles são igualmente amados. Tudo
isso significaria colocar sobre seus os ombros uma responsabilidade
muito além de suas próprias forças.
Em
meio a tantas situações complicadas de se gerir, não será difícil
perceber no comportamento deles [filhos] a presença do medo, sentimentos
de revolta, raiva, incompreensão, desconforto, além da sensação de
abandono, entre outros.Antes que as conseqüências dos atos dos pais
repercutam na vida daqueles que se sentem impotentes diante das
dificuldades dos adultos, certamente, será importante que os cônjuges
falem um ao outro o que realmente desejam e esperam como contribuição
para o reaquecimento da relação.
Muitas
vezes, nessas ocasiões a ajuda de um profissional na área da
pscicologia será também de grande valia. (...)Em mar revolto,
marinheiros não içam velas”. Estabelecer a disposição comum em reviver
as simples coisas que foram deixadas para trás, será a chave para
alcançar o sucesso no casamento.
Deus abençoe a todos,
José Eduardo Moura
webenglish@cancaonova.com Missionário da Comunidade Canção Nova, trabalhando atualmente na na Fundação João Paulo II no Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=5962