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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Casar é difícil?



CASAR É DIFÍCIL





O sorriso plácido da vovozinha que completava 50 anos de casada e a frase que ela disse logo após as bodas resume o conceito de um casamento cristão.




-Casar é difícil, mas, é uma benção!- foi o que disse olhando para o seu marido que lhe afagava as mãos.




Em poucas palavras, esta mulher simples sem muito estudo, resumiu a teologia e a pastoral do casamento católico:- Estamos juntos não porque é fácil, mas por que Deus nos deu esta benção de um ser a rima do outro por toda a vida.





Na verdade, uma mulher que se sente chamada a gerar filhos vai precisar de um homem, que também se sente chamado a gerar filhos e ele precisará dela. Mas, antes de gerarem o filho precisam gerar e administrar o seu relacionamento, nascido da mútua adoção e do amor que evoluiu.




Primeiro foi preciso a admiração e o respeito de um pelo outro. Um sabia que poderia qualificar e ser qualificado pelo outro. Há coisas que um homem não tem e por isso precisa de uma mulher para completá-lo; há coisas que uma mulher não tem e ela precisa de um homem para completá-la.





Cada ser humano vem com algum detalhe. Alguns vêem cheios de detalhes especiais que não só os qualificam, mas também qualificam quem com eles convivem. Quando dois seres humanos, um feminino e outro masculino se amam, a união dos dois pode gerar um sólido edifício chamado lar. Tal edifício pode durar séculos e séculos, geração após geração porque foi bem fundamentado e cimentado.




Mas formar família é difícil.





Se fosse fácil não haveria praticamente um divórcio para cada dois casamentos, como acontece em alguns países. No Brasil você sabe se a família vai bem. Olhe ao seu redor e no seu quarteirão de cidade grande ou no seu bairro de gente pobre. Depois, preste atenção nas pessoas famosas na televisão, no mundo da canção, no mundo da moda, nos esportes e na política. Um grande número deles teve sucesso na carreira, mas nem sempre no amor.




Há sempre a tendência ao egoísmo, a mania de ressaltar o nosso “eu”, a insistência nos nossos direitos mais do que nos nossos deveres.





O casamento é direito, mas tem muitos deveres inalienáveis. É feito de “sim”, mas passa por muitos “não”. É delícia, mas também, é renúncia.




Não se pode fazer o que se quer depois de casado. Não se pode ir onde se quer e nem gastar o que se quer, porque existe o outro e alguns pequenos outros a precisar de atenção especial.Por isso, quem não é capaz de renúncia, quem adora demais o seu próprio “eu”, não se case.





Na mesma esteira quem gosta demais de si mesmo e não cuida da sua comunidade, não se candidate a nenhum cargo político e nem queira ser padre ou pastor.




Se acharmos que o outro é sem importância não estaremos aptos para nada. Se nos importarmos com ele estaremos prontos para a vida. Estava certa a velha senhora ao definir os seus 50 anos de casada. É difícil, mas é uma benção. Seguramente ela descobrira a importância do outro!




Pe. Zezinho, SCJ