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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Católicos nunca podem legitimar um crime execrável como o aborto


CÁDIZ, 23 Out. 09 (ACI/Europa Press)
O bispo do Cádiz e Ceuta, Dom Antonio Ceballos Atienza, afirmou que os católicos "nunca", conforme com o direito natural, podem legitimar o aborto, o qual considerou "um crime execrável" e acrescentou que "a destruição da vida humana nunca pode ser justificada em favor da defesa do direito da mulher de decidir sobre sua maternidade".
Em um comunicado, Dom Ceballos acrescentou que "o Estado que outorga a qualificação de direito a algo que, em realidade, é um atentado contra o direito fundamental à vida, perverte a elementar ordem de racionalidade que se encontra na base da sua própria legitimidade".
Segundo o juízo do Bispo de Cádiz e Ceuta, "ante as situações difíceis e dolorosas pelas quais a mulher passa ante uma gravidez não desejada, a solução não pode residir na eliminação da vítima inocente, o filho concebido, ao que se priva de modo cruel e desumano do direito natural de nascer e viver".
Por isso, para Dom Ceballos Atienza, os poderes públicos, partidos políticos e instituições sociais, que têm que trabalhar com vocação de serviço em ordem ao bem comum, devem oferecer meios de amparo à maternidade, especialmente perante as situações de desamparo da mulher. Na opinião do prelado, é "um dever de consciência" dos cristãos, que consideram a vida como um dom de Deus, e as "pessoas de boa vontade" opor-se ao aborto.
Para o Bispo do Cádiz e Ceuta, os políticos que verdadeiramente se considerem cristãos e vivam sua fé em comunhão com a Igreja têm um compromisso e responsabilidade moral maior, não devendo permanecer indiferentes nem colaborar ativamente com seu voto para que tal Lei seja passada no Parlamento. Assim, acrescentou que as convicções morais e a consciência pessoal, devem imperar ante a disciplina partidária.
Igualmente, D. Ceballos Atienza assinalou que os profissionais da saúde, se a projetada Lei for passada, deverão postular-se ativamente ante o aborto com a objeção de consciência.
Do mesmo modo, manifestou que "um país no qual os seus dirigentes governam e legislam sem respeitar os valores morais da imensa maioria da população, antes bem legitimando as reivindicações de grupos minoritários, está na fronteira do totalitarismo" e recordou que "o direito à vida não é uma concessão do Estado, é um direito anterior ao Estado mesmo".

PAPA AGREDIDO

A AUTORIDADE PAPAL FICA DE PÉ


Padre Elílio Faria Mattos Jr.


O episódio ocorrido na noite de Natal deste ano, na Basílica de São Pedro em Roma é, de certa forma, um símbolo dos tempos atuais. O Papa, Vigário de Nosso Senhor Jesus Cristo na Terra, cai. A mitra, símbolo de sua autoridade, rola no chão. A férula, que representa a sua missão de pastor universal, é derrubada pelo homem moderno, desorientado, confuso e como que fora de si. Louca ou não, a jovem de 25 anos que provocou o incidente bem representa o mundo de hoje, que joga por terra a autoridade e as palavras do Romano Pontífice, que, nas palavras da grande Santa Catarina de Siena, é «o doce Cristo na Terra». A jovem é louca? Não sei. Mas sei que o é, e muito, o mundo que rejeita Deus e o seu Cristo para abraçar o vazio e caminhar nas trevas.

Bento XVI se ergue rápido e continua seu caminho. Celebra a Santa Missa, que é o que há de mais sublime sobre a face da Terra, rende o verdadeiro culto a Deus e conserva-se em seu lugar, como pastor colocado à frente do rebanho pelo Pastor Eterno, bispo e guarda de nossas almas (cf. IPd 2,25). Na homilia, o Santo Padre cita a regra de São Bento. Hoje, Bento, aquele de Núrsia, fala pela boca de Bento, o Papa: «Nihil Deo praeponere» - nada antepor a Deus. É a este nosso mundo que Bento XVI dirige essas palavras carregadas de verdade. É a esta nossa cultura agnóstica, relativista, pragmática, corrupta, materialista e niilista que o Papa exorta. Cultura que, nas palavras de alguns, se gaba de ser «pós-moderna»… Cultura que rejeita cultivar a verdade… Cultura que há tanto deixou de ser cultura…


«Nada antepor a Deus». Bento XVI já havia dito aos bispos da Igreja: «No nosso tempo em que a fé, em vastas zonas da terra, corre o perigo de apagar-se como uma chama que já não recebe alimento, a prioridade que está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus… Conduzir os homens para Deus, para o Deus que fala na Bíblia: tal é a prioridade suprema e fundamental da Igreja e do Sucessor de Pedro neste tempo» (Carta aos bispos, 10 de março de 2009).


Depois da queda, o Papa se coloca de pé e age como se nada tivesse acontecido. Assim tem sido seu pontificado: muitas vezes incompreendido pelos homens, inclusive católicos – e por que não dizer: sobretudo católicos? -, Bento XVI não desiste de levar a cabo sua missão, como Cristo a caminho do Calvário, a fim de oferecer a Deus a consciência pura do dever cumprido. Como se nada acontecesse, como se incompreensões, ultrajes e rebeliões, ainda que disfarçadas e silenciosas, não houvessem; como se o desprezo a Cristo não lhe ferisse o coração; como se a recusa de Deus não lhe contristasse a alma, Bento XVI se dirige ao altar da Cruz. Está apoiado na esperança que não decepciona.


Se a autoridade do Sucessor de São Pedro é jogada no chão pelos homens atuais, isso não significa que ela tenha caído do lugar que lhe reservou Deus. Cristo também caiu - e por três vezes -, mas está de pé. Traz, sim, as marcas da paixão, mas está de pé para sempre: “Vi um Cordeiro de pé, como que imolado”(Ap 5,6). O Papa está de pé, e com ele a Igreja que lhe foi confiada, e assim ficará até a vinda gloriosa de Nosso Senhor, que disse: «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. As portas do inferno nunca prevalecerão contra ela» (Mt 16, 18). «Non praevalebunt» - as forças negativas do mal, ainda que deixem certas marcas, nunca hão de vencer o Bem, que é Deus. E é Deus quem sustenta na Terra a sua Igreja e o Papa que colocou à frente do rebanho de Cristo!
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(***)

Retirado do Blog Apelos do Ceu