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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Não leve os outros a Pecar


A MODÉSTIA CRISTÃ - Côn. José G. V. de Carvalho*

O fundamento bíblico que deve regular a modéstia cristã se acha em São Paulo: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? [...] Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo que reside em vós?” (1 Cor 6,15.19)

Uma onda incontida de despudor, sobretudo por influição dos meios de comunicação, envolve nossa vida social. Ultrapassam-se todos os limites do bom senso com uma malícia diabólica. Certa vez, este articulista disse a uma jovem mal trajada: “Se algum rapaz, num ímpeto errôneo de paixão, a atacar, quem deverá ir para a cadeia é você que anda com roupas indecentes, indecorosas, indignas de uma cristã”! 
 
Tudo que é flagrantemente provocador e atua para perverter a alma alheia através da carne deve ser evitado. Ninguém pode ser pedra de escândalo para os outros. Por vezes, até pessoas casadas, vêm se queixar com os sacerdotes dizendo estar difícil viver de maneira cristã por causa do traje de certas mulheres que lhes desencadeiam um turbilhão de maus desejos por força de uma moda imoral. Trata-se de uma maré de exibicionismo sensual e, o que é pior, até mesmo dentro das Igrejas e, mais horripilo ainda, à hora sacrossanta das Missas. Tudo isto paira nas raias do sacrilégio. É estar a serviço da tirania do mal. 
 
A um católico está vedado ir indecorosamente vestido a qualquer lugar, mormente a um Templo. A Igreja, lugar santo, habitação especial de Deus, onde Sua presença é mais real e efetiva e onde está Cristo, prisioneiro de amor no Sacrário, o qual se imola, dia a dia, no santo sacrifício da Missa pelos pecados da humanidade, merece um respeito, uma compostura e uma conduta edificante, rigorosamente impecáveis. 
 
Causa pena como se profanam nossas igrejas, onde, sem a mais leve preocupação, com um atrevimento que espanta, ignoram-se preceitos morais tão sérios. Trata-se de um desafio à infinita bondade de Deus e uma provocação a sua tremenda justiça Não é lícito, mormente no Templo, exibir decotes escandalosos, roupas colantes ou transparentes, saias curtas. Esta é a diretriz paulina: “Vossa modéstia seja notória a todos os homens. O Senhor está próximo [...] Atendei a quanto há de verdadeiro, de honroso, de justo, de puro, de amável, de louvável, de virtuoso, de merecedor de louvor” (Filipenses 4, 5-8). 
 
Mais espantoso ainda é ir comungar desta maneira. O celebrante, por motivos óbvios, não pode negar a Comunhão a certas pessoas que melhor estariam numa praia do que num recinto sagrado. Entristecem-se, porém, os padres zelosos diante de tanto desplante, ousadia, audácia, atrevimento. Há pessoas que se esquecem que a sedução pecaminosa, além disto, já é, em si mesma, uma falta grave perante o Ser Supremo.
Na Europa há um santo rigor, uma vez que ficam guardas às portas das Igrejas, impedindo que turistas entrem de qualquer maneira na Casa de Deus. O que se olvida é que ser um autêntico católico supõe viver em plenitude a modéstia, virtude sumamente agradável a Deus, manifestando, por toda parte, pudor, decência, gravidade, compostura!
* Professor no Seminário de Mariana - MG