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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Católicos que discordam da Igreja.Católicos?

ENTREVISTA IMPORTANTE
Católicos que discordam da Igreja.Católicos?

O padre John McCloskey,ganhou notoriedade por ter convertido ao catolicismo membros influentes da elite política americana, tradicional reduto de protestantes. Chama a atenção por sua trajetória. Economista,abandonou um emprego promissor em Wall Street para se ordenar padre, em 1981.

***

Por que um protestante abriria mão de sua religião para se converter ao catolicismo?

Porque é crescente o número de protestantes que compartilham os valores morais da Igreja Católica. São cristãos que acreditam na Bíblia, nos dez mandamentos e têm laços pessoais com Jesus Cristo. Se muitos protestantes e evangélicos simpatizam hoje com a Igreja Católica, isso se deveu basicamente ao papa João Paulo II. Ao longo de seu pontificado, João Paulo II insistiu na defesa dos valores da Igreja Católica, o que inclui a condenação do aborto, do divórcio e do controle de natalidade.

As posições conservadoras da Igreja costumam ser citadas como fatores que afastam o fiel do catolicismo. Por que o senhor acredita que o fenômeno inverso ocorra nos Estados Unidos?

É um fenômeno interessante. Muitos católicos que não conheciam a própria fé deixaram a Igreja e se tornaram evangélicos. Ao mesmo tempo, evangélicos mais esclarecidos fizeram o caminho inverso, como um senador americano e centenas de pastores protestantes. Eles sentiram-se atraídos pela antiguidade da fé católica, com seus 2.000 anos de história. A Igreja Católica tem sacerdotes, o papa, a tradição dos grandes santos, a arte, a cultura, a literatura. Enfim, tem uma carga que não se vê em outras religiões. Os protestantes são cristãos. Mas compartilham apenas uma parte da verdade, de acordo com o ponto de vista dos católicos.

O senhor concorda que boa parte dos católicos discorda da posição oficial da Igreja em assuntos como controle de natalidade e divórcio?

A posição do papa sobre divórcio, aborto, controle de natalidade não pode mudar, pois está ligada ao que é a Igreja Católica. A Igreja propõe a verdade a seus fiéis, não impõe. Se alguém não quiser pertencer à Igreja, está livre para sair. Note que a Igreja Católica não é uma democracia. É uma instituição divina que não pode ser questionada. Ao ser criada, tinha apenas doze apóstolos. Hoje chega a 1 bilhão de fiéis – e isso sem que precisasse mudar suas opiniões, baseadas na ressurreição divina e na palavra de Jesus Cristo. Concordo com a tese de que é preferível ter um rebanho menor de católicos, mas fiéis aos princípios e às normas da Igreja, a mudar as regras apenas para arregimentar mais seguidores.

É mais difícil converter um ateu ou alguém que já tem uma religião?

Converter o ateu, sem dúvida. Mas cada um tem sua própria história e sobretudo uma graça que o impele a buscar o catolicismo. É o caso de um médico conhecido por praticar abortos, que era ateu e foi convertido. Há também casos de judeus que ajudei a converter. Mas todos eles sabem que a conversão exige sacrifícios em muitos sentidos. Alguns fizeram a opção em questão de meses. Outros levaram anos. Não há uma receita pronta, é uma questão de graça e de boa vontade da pessoa que está se convertendo à fé católica.

O senhor causou muita polêmica ao qualificar de “protestantes” as correntes dentro da Igreja Católica que discordam das determinações do Vaticano. O que o senhor quis dizer com isso?

Nos Estados Unidos, mais do que em outros países, há um grande número de pessoas que se dizem católicas, mas não concordam com os ensinamentos doutrinários e morais da Igreja. Isso me parece confuso. A definição de um protestante, desde a Reforma, tem sido a mesma: é aquele que é cristão, mas não está de acordo com certos ensinamentos da Igreja Católica. As principais divergências se dão em relação a temas como o divórcio, o aborto, a homossexualidade e a ordenação de mulheres. Não se trata de estar de acordo ou não com esses temas – trata-se de uma questão de fé. Se você acredita na Igreja Católica, tem de se entregar totalmente às causas defendidas pela Igreja. A tendência nos próximos anos é de que desapareçam essas pessoas que se dizem católicas, mas na prática não o são.

É possível ser um católico não-praticante, ou isso é uma contradição?


Sempre existiram na Igreja os católicos não-praticantes, que são aqueles que não estão cumprindo as leis morais que norteiam a Igreja. Ou seja, culpam a Igreja, mas não culpam a si mesmos. A Igreja sempre foi formada de pecadores. Sempre há a possibilidade de você confessar seus pecados e voltar à Igreja. Mas sempre me pareceu uma contradição essa pretensão de ser católico sem acreditar no que a Igreja ensina.

O que o senhor diria ao pai de uma criança que foi abusada sexualmente por um padre?

Diria que isso é uma vergonha, um crime, algo que não pode acontecer nunca. Certamente ofereceria minha solidariedade, pois é um dos piores crimes que um sacerdote pode cometer. Não há desculpa que justifique isso.

O que o senhor acha da atitude da Igreja, que, em lugar de expulsar, tentou proteger os sacerdotes pedófilos?

Penso que os bispos agiram de boa-fé. Eles estavam seguindo conselhos dos médicos que acreditavam que seria possível tratar os padres que molestaram menores. Hoje, ficou claro que essa atitude foi um grave erro de julgamento pelo qual as vítimas, os bispos e toda a Igreja Católica americana pagaram um alto preço. Mas estou pensando no futuro, não no passado. O mais importante é estabelecer regras claras para que crimes como esses não mais ocorram. Acho que os padres envolvidos nesse escândalo deverão ser punidos pelas leis da Igreja. Quanto à Justiça civil, não há o que especular. Ninguém está acima da lei, e alguns padres já estão cumprindo pena atrás das grades.

As pesquisas mostram que a maioria dos católicos americanos acredita que os padres deveriam ter o direito de casar-se. Qual sua opinião sobre o celibato?

Acho difícil uma mudança no celibato, tradição que remonta aos apóstolos e que a maioria dos sacerdotes ainda apóia. Os que defendem o fim do celibato são grupos pequenos e barulhentos, que se dizem católicos liberais. Estão se aproveitando desse momento de crise na Igreja para tentar impor suas idéias.
Talvez seja o último grito antes da morte, pois boa parte desses ativistas tem mais de 70 anos. Nos últimos 35 anos, eles têm esperado mudanças profundas na Igreja, e tudo continua igual. Nada mudou, e nada vai mudar. Os sacerdotes jovens, em sua maioria, apóiam a manutenção do celibato. Vale lembrar que todos os padres assumem um compromisso ao optar pela vida religiosa. Acho perda de tempo discutir a possibilidade de mudar essa regra, pois isso não vai ocorrer. O celibato é um símbolo de devoção a Jesus Cristo.

Por que há tantos casos de pedofilia no clero católico?

Não há muitos casos. Desde 1964, menos de 2% dos 40.000 sacerdotes envolveram-se nesse tipo de crime. De qualquer forma, os escândalos geraram a pior crise na história da Igreja Católica nos Estados Unidos. Trata-se de uma boa oportunidade para realizar mudanças importantes.
Em primeiro lugar, é imprescindível uma ampla reforma nos seminários. Ou seja, melhorar a seleção, a formação e o treinamento dos futuros sacerdotes. Eles precisam demonstrar completa lealdade aos ensinamentos da Igreja, principalmente no que se refere à sexualidade e ao matrimônio. Com isso, haveria uma diminuição dos casos de pedofilia e do êxodo de padres que deixam o sacerdócio para se casar.

Isso é suficiente para consertar os estragos causados pelos escândalos?

Há outros desafios para a Igreja Católica americana. Mais da metade dos católicos daqui têm origem hispânica. Precisamos assegurar que eles, em sua maioria imigrantes, continuem fiéis à Igreja Católica. Isso suscita uma questão fundamental: é necessário aumentar o número de sacerdotes que falam espanhol nos Estados Unidos. Isso deveria ser um requisito básico para os padres, principalmente os jovens. Só os filhos ou os netos dos imigrantes vão conseguir falar fluentemente o inglês.

O senhor costuma repetir que a Igreja Católica só será revitalizada se retornar às raízes. O que significa isso?

Significa manter estrita fidelidade aos ensinamentos doutrinários e morais da Igreja, que são perpétuos e necessários para a salvação. Esses ensinamentos são passados pelo clero, por meio de concílios e encíclicas, e são imutáveis.
É preciso deixar claro que alguns temas estão fora de discussão, apesar da insistência de algumas pessoas em querer debatê-los. A Igreja nunca vai rever sua posição de temas como contracepção, aborto, divórcio ou a participação de mulheres no sacerdócio.
Para ela, qualquer pessoa – homossexual ou heterossexual – não deve exercer sua sexualidade exceto dentro do casamento. Como um homossexual não pode casar-se, tem de se manter casto. Todo católico deve submissão ao que a Igreja propõe como necessário à salvação.

A Igreja Católica brasileira perdeu milhões de fiéis nos últimos anos para seitas evangélicas. Por quê?

O que ocorreu no Brasil é muito semelhante a um fenômeno registrado nos Estados Unidos. Muita gente abandonou a Igreja, mas não perdeu a fé. A maioria passou a ter um laço mais pessoal com Jesus, lendo a Bíblia. Não tenho elementos para analisar o que aconteceu no Brasil, mas acredito que a migração de católicos para as seitas evangélicas não deverá prosseguir pelos próximos anos.
A história da Igreja Católica é repleta de altos e baixos. Na época da Reforma, houve grande perda de rebanho. Mas, logo depois, surgiu um novo período de acolhimento de milhões de novos fiéis. Talvez esse movimento em relação às seitas evangélicas seja resultado da falta de investimento na evangelização. É algo que podemos recuperar no futuro.

Muitos sacerdotes brasileiros consideram a ação social mais importante que a missão mística. Qual missão deveria prevalecer?

O mais importante é pregar o Evangelho e prover os sacramentos aos fiéis. Ou seja, o clero não deve interferir em assuntos políticos. Sou a favor de justiça social, mas quem deve se mobilizar são os leigos, que, para isso, contam com a formação cristã e os ensinamentos da Igreja. Aqui nos Estados Unidos não existe esse tipo de conflito, pois o clero católico não se envolve em política. Isso é coisa do passado. O clero existe para servir aos fiéis, e não para governá-los.

O senhor acha uma boa estratégia promover o catolicismo com música e shows, como faz alguns padres católicos?

Existem muitos meios modernos de atrair mais pessoas para a fé católica. Se o padre que recorre a eles é obediente a seu bispo e está levando a palavra de Cristo e os ensinamentos da Igreja de maneira correta, não vejo nenhum problema.

Fonte: Revista Veja

Retirado do site: Recados de Aarao

A UNIVERSIDADE E O MICRO-VESTIDO

A UNIVERSIDADE E O MICRO-VESTIDO
Como não poderia deixar de ser, sobrou para os católicos o conflito começado pela jovem Geisy Arruda, 20 anos, com a sua Universidade.
Não sei como a London, a Upckins e a Berkeley tratariam do caso, mas sei que o problema era com ela e a comunidade Uniban de Santo André. Estudei nos Estados Unidos e sei que lá as universidades reagem a provocações de cunho social ou moral. Quebra de decoro vai contra os estatutos. Quem estuda lá tem um compromisso.
A Universidade que suspendeu seis a oito alunos por causa do tumulto, expulsou-a. Entende que ela causou conscientemente aquela reação. Os alunos se dividiram entre apoiadores e apupadores.
Mas alguns provedores na Internet, entre eles o Google News, deram um jeito de falar do país da tanga e da quase nudez nas praias e da nossa maioria católica. De repente, sobrou para nós católicos, como se nos países evangélicos ou pentecostais tais comportamentos fossem tolerados. Mesmo que Geisy fosse de comunhão diária, os católicos não têm absolutamente culpa alguma no que aconteceu naquele recinto sagrado de cultura e de conhecimento.
A Igreja Católica não é a favor da expulsão de uma estudante que errou ao trazer à cena de maneira negativa numa instituição digna de crédito, mas também não é a favor de Geisy Arruda, que admite ter errado ao passar dos limites daquela casa. Já que fomos citados, opinemos sobre o que houve naquela universidade e o que pensam os católicos.
Não é preciso nem que os bispos, nem o Papa se pronunciem. Qualquer católico que foi ordenado para ensinar a doutrina sabe a resposta. Micro-vestidos mais as formas da mulher. Sabemos o que isso causaria numa comunidade muçulmana. Sabemos dos limites até nas mais tolerantes instituições do Ocidente. A depender do local e do ambiente, a mulher que quase se despe, exceto nas passarelas, sabe muito bem o que causa.
Temos uma cultura cristã e muitas igrejas, não apenas a católica, desaprovam a excessiva exposição do corpo humano de ambos, homem e mulher. Um homem que desfilasse de calças excessivamente reveladoras receberia a mesma desaprovação.
Talvez devamos, todas as igrejas, desenvolver uma catequese do corpo e do seu uso. Ela anda esquecida. Vende-se e expõe-se o corpo com enorme facilidade como se ele fosse um produto dissociado da pessoa. Ele seria um objeto e a pessoa o sujeito que o usa, vende, ou aluga. Nada mais errado!
Para a grande maioria das religiões a pessoa humana é sagrada e o corpo não é apenas um adendo. É sagrado porque a pessoa é sagrada. Creu-se que Deus criou o ser humano, então o ser humano prestará contas a ele do que faz no e com o seu corpo. Se o usa para ganhar dinheiro, provocar ou desafiar, a instituição provocada tem o direito de reagir. Como reagirá, já são outros quinhentos, mas ficar impassível, ela não pode. Universidade não é passarela.
Há lugares outros para quem quer revelar o corpo ou provocar pessoas. Não é preciso ser crente em Deus para saber que há limites para um traje. Cristão, muçulmano, judeu ou ateu, quem pensa sabe que há limites para a convivência. Não se faz o que se quer numa comunidade.
Já que lá fora falaram dos católicos e da nossa cultura, pois, então, saibam todos que de uma católica, e não sabemos se Geisy o é, espera-se que se porte e saiba o que vestir numa universidade ou numa igreja. A Igreja tem, sim o direito e o dever de orientar.
A Universidade tem sim o direito de reagir e censurar. Não é necessário expulsar. Mas a moça deve ser chamada às falas. Se ela fez o que quis e para alguns até virou heroína e vítima, a Universidade também se sentiu vítima. Alguém desafiou suas leis. O protocolo do Palácio do Planalto teria o que dizer, se uma funcionária se vestisse daquela forma.
Estive em Aparecida no domingo, dia 8 de novembro. Entre os fiéis que me reconheceram e vieram pedir a minha bênção estavam duas moças de mini-vestido. Fiz uso do momento para oferecer a elas uma catequese de padre católico.
Perguntei, sem ofendê-las, se tinham trazido no ônibus alguma calça comprida e uma blusa mais longa para participarem da missa. Uma delas baixou os olhos, pediu desculpas e disse que sim.
Perguntei se, com a minha bênção, eu poderia pedir que não usassem aquela roupa lá no templo. Concordaram sem conflito. Tornei a vê-las no mesmo lugar onde estava meu carro. Estavam de calça comprida.
Toquei-lhes o nariz como fazem os idosos meio tio velho e meio avô e disse:
- Assim, sim!
Não foi preciso expulsá-las de Aparecida...
Imagino que alguém da Uniban tenha feito o mesmo. Se fez, erro da moça. Se não fez, erro da Uniban.
Pe. Zezinho, scj
Recebido pelo grupo MSG Cristã