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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Nossa Senhora de Coromoto



Venezuela: surpreendentes descobertas na imagem de Nossa Senhora de Coromoto






Por Nieves San Martín
CARACAS, sexta-feira, 4 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Em uma coletiva de imprensa celebrada nesta quinta-feira, na sede da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), por ocasião da restauração da imagem Nossa Senhora de Coromoto, patrona da Venezuela, apresentaram-se as novas descobertas relativas à diminuta imagem, relacionada com a primeira evangelização desta terra.



Segundo a tradição –informa a CEV em uma nota enviada a ZENIT–, entre finais de 1651 e princípios de 1652, uma Bela Senhora apareceu ao cacique da tribo Coromoto e a sua esposa indicando-lhes: “vão para a casa dos brancos, para que lhes coloquem água na cabeça e assim poderão ir ao céu”.



Depois de atender o pedido de tão bela Senhora, os índios saíram da selva e receberam os ensinamentos do Evangelho, recebendo um bom número deles o sacramento do Batismo.



Contudo, o cacique, ao sentir que havia perdido a liberdade, decide fugir novamente para a selva; na madrugada de 8 de setembro de 1652, a Bela Senhora aparece novamente ao cacique junto a sua esposa, sua cunhada Isabel e o filho desta. Ao vê-la pede que o deixe em paz, dizendo-lhe que não mais a obedecerá. Levanta-se para tomar o arco e matar a Senhora, mas esta se aproxima dele para abraçá-lo, caindo assim suas armas. Decide tomar por um braço a Senhora para tirá-la de seu lar; neste momento ocorre o milagre: a Bela Senhora desaparece, deixando na mão do Cacique sua diminuta imagem.



A partir desse momento, começa uma grande história de favores e milagres, devoção e renovação da fé nesta terra, das mãos de Nossa Senhora de Coromoto. Até que no ano 1942 é exaltada no título de Patrona da Venezuela.



A diminuta imagem mede 2,5 cm de altura por 2 de largura. Através dos 357 anos que transcorreu desde sua aparição, foi exposta a diferentes fatores que haviam produzido seu deterioro.



Por este motivo os membros da Fundação Maria Caminho a Jesus, com sede em Maracaibo, a partir de 2002 iniciaram uma campanha para restaurar os danos que ocultavam grande parte da imagem da Virgem com o menino Jesus. Tal Fundação se fez cargo, junto a Dom José Manuel Brito, reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora de Coromoto, de impulsionar o projeto e contatar o grupo de especialistas que participaram no mesmo, e também conseguir os meios econômicos para financiar o processo.



No início de 2009, o bispo de Guanare José Sotero Valero Ruz, apresentou o projeto à Conferência Episcopal Venezuelana, a qual depois de receber vários diagnósticos sobre o estado da Relíquia, outorgou a permissão para proceder a restauração.



De 9 a 15 de março de 2009, em um laboratório instalado para este processo, na casa La Bella Señora, dentro das imediações do Santuário Nacional de Nossa Senhora de Coromoto, a equipe de trabalho composta pelos restauradores Pablo Enrique González e Nancy Jiménez, acompanhados por José Luis Matheus, diretor da Fundação Zuliana e Dom José Manuel Brito como custódios do processo, iniciaram os trabalhos de conservação da imagem; conseguindo realizar com êxito uma série de descobertas que até o momento eram desconhecidas.



Ao longo do processo, descobriram-se elementos desconhecidos. O primeiro fato que chamou a atenção foi, que uma vez analisadas as águas empregadas no tratamento, o pH mostrou-se ser neutro, fato inexplicável.



Foi detectada a presença de vários símbolos, os quais segundo indagações do antropólogo Nemesio Montiel, são de origem indígena.



Por observação microscópica, conseguiu-se identificar nos olhos da Virgem, de menos de 1 milímetro, a presença da iris, fato particularmente desconcertante pois se pensava que os olhos da imagem eram simples pontos.



Ao aprofundar no estudo do olho esquerdo de Nossa Senhora, pôde-se definir um olho com as características de um olho humano; se diferencia com clareza o orbe ocular, o conduto lacrimal, a iris e um pequeno ponto de luz no mesmo.





Maximizando o ponto de luz, pôde-se observar que o mesmo parece formar a imagem de uma figura humana com características muito específicas.



A coroa da Virgem e o Menino são tipicamente indígenas.



A restauração da Sagrada Imagem da Patrona de nossa Pátria constitui um verdadeiro marco histórico, pois é a primeira vez que a venerada imagem é submetida a um processo como este, que sem dúvida alguma contribuirá a renovação da fé de todos os venezuelanos”, afirma a CEV na nota.



Esta restauração, além de ser expressão do resultado do esforço de uma equipe multidisciplinar, é um chamado a voltar nossas vidas para Deus, e viver o convite que Nossa Senhora fez a nossos antepassados, quando os convidou a reconciliar-se e unir-se como verdadeiros irmãos em Deus, apesar de que as culturas espanholas e indígenas tinham visões e interesses totalmente opostos. É um chamado à fraternidade e à aceitação do outro; é um sinal de esperança, de alegria e de fé. É a comprovação de que apesar das dificuldades, se nos unimos como verdadeiros irmãos, é possível alcançar resultados que derivam em bem-estar para todos”.



E conclui exortando a unir-se na oração: “Virgem Santa de Coromoto, patrona da Venezuela, renovai a Fé, em toda a extensão de nossa pátria.


Amém”.




Fonte: Zenit.com