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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Eutanásia... que caminho é esse?

Segue um texto interessante sobre como a Igreja vê a Eutanásia...

um bom fim de semana!

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EUTANÁSIA: SERÁ QUE ESSE É O CAMINHO?


Nessa última semana muito se discutiu sobre uma palavra pouco conhecida: Ortotanásia.


Para nosso esclarecimento vamos buscar um trecho do pronunciamento da CNBB: “Em relação à ortotanásia, a posição da CNBB é aquela já manifestada mais vezes em documentos da Igreja. Dom Odilo Scherer, em nome da CNBB, refere-se, especialmente, à Encíclica Evangelium Vitae (O Evangelho da vida, 1995), de João Paulo II, onde o papa, após ter afirmado a clara posição contrária à eutanásia, afirma:


“Distinta da eutanásia é a decisão de renunciar ao chamado ‘excesso terapêutico’, ou seja, a certas intervenções médicas já inadequadas à situação real do doente, porque não proporcionadas aos resultados que se poderiam esperar, ou ainda porque demasiado pesadas para ele e para sua família. Nessas situações, quando a morte se anuncia iminente e inevitável, pode-se em consciência renunciar a tratamentos que dariam somente um prolongamento precário e penoso da vida, sem contudo interromper os cuidados normais devidos ao doente em casos semelhantes” (n° 65).


Creio que fica clara assim a posição da Igreja sobre a Ortotanásia. Mas e sobre a eutanásia o que mais nos ensina a Igreja Católica?


Na tentativa de aprofundar o tema podemos dizer que a eutanásia é a morte suave ou a morte provocada em alguém que está gravemente enferma sem esperança de recuperação. Para efeito de estudo podemos dividi-la em: direta e indireta.


Eutanásia direta: é o ato de infligir a morte ao paciente aplicando-lhe um recurso mortífero (injeções ou coisa semelhante). Olhando pelos olhos da nossa fé podemos dizer categoricamente que este procedimento é sempre ilícito, por que o homem não tem o direto de dispor nem da sua vida nem da vida do irmão inocente. Nenhuma situação dolorosa justifica a eutanásia direta. Mesmo por trás da compaixão para com o enfermo pode haver motivos egoístas e interesseiros que levem os acompanhantes ou familiares a provocar a morte do paciente: cansaço, despesas avultadas, perspectivas de herança, etc.


Quanto a eutanásia indireta consiste em subtrair a um paciente os recursos sem os quais lhe é impossível conservar a vida. Aqui podemos mais uma vez subdividir para nossa maior compreensão.


Recursos ordinários são os de rotinas, que costumam ser aplicados a qualquer enfermo: soro, alimentação leve, injeções convencionais, transfusão de sangue e outros. Não é lícitos suspendê-los, desde que estejam dentro do alcance das posses do paciente ou dos seus familiares. Sonegá-los ao doente seria provocar-lhe a morte.


Recursos extraordinários são os que exigem aparato humano, material ou financeiro altamente difícil ou penoso sem que se possa prever um resultado médico compensador, as probabilidades de recuperação ou de melhora do paciente são quase nulas. A moral católica, apoiada na declaração da Santa Sé (05/05/1980), ensina que não há obrigação, em consciência, de aplicar tais recursos.


É necessário, porém, que com lealdade e diante de Deus, as pessoas responsáveis procurem considerar a situação e tomar a decisão mais fiel possível diante da moral cristã.


O uso de analgésicos (alívio para dor) é lícito ao cristão, pois o sofrimento pode atordoar o enfermo. O ser humano deve poder enfrentar a consumação de sua vida terrestre de maneira lúcida e consciente; tal é o momento decisivo para pedir perdão e perdoar, reparar alguma injúria cometida, formular as últimas recomendações e, principalmente receber os sacramentos dos enfermos. É, pois, para desejar que, mesmo usando analgésicos, o paciente tenha seus momentos de lucidez para tomar tais providências.


Como vimos o assunto é vasto, profundo e muito exigente para todos nós que acolhemos os ensinamentos e mandamentos de Deus como caminho e verdade em nossa vida.


Padre Oswaldo Gerolin Filho


Fonte: Portal Católico


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